No dia 5 de outubro do corrente
ano, em reunião realizada na Câmara dos Vereadores do Rio Grande,
presidida pelo Presidente Estadual do PDT, Romildo Bolzan Junior, com as
presenças do então Secretário do partido, Pompeo de Mattos, do
Presidente da Executiva
Municipal, Valdomiro Rocha Lima, do Vereador Augusto Cezar, de
integrantes da Diretoria Executiva, Diretório Municipal e filiados do
PDT do Rio Grande, fui escolhido por aclamação como Presidente da
Comissão Provisória.
Desde o primeiro momento, deixei muito claro que não tinha nenhuma aspiração a qualquer cargo partidário e que o meu único interesse no futuro seria ser candidato a Vereador, porém pela deferência a mim concedida, aceitaria o cargo provisório.
Realizei quatro reuniões com a
Comissão Provisória, conclamando o grupo a realizar a Convenção do
Partido de maneira tranqüila e dizendo da importância de, se possível,
montarmos uma chapa de consenso para manter a unidade. O grupo bastante
heterogêneo tornava as reuniões sempre tensas, insistindo em discutir
problemas do passado, acusando-se reciprocamente pela fragilidade atual
de nosso partido, inclusive insistindo em mudar decisões já tomadas pelo próprio grupo.
Cheguei a encaminhar pedido de renúncia à
Executiva Estadual, o qual foi negado. Atendendo ao pedido dos
integrantes da Comissão Provisória, revi minha posição e decidi
permanecer até a Convenção Municipal que seria no dia 3 de dezembro.
Em 25 de novembro encaminhei à Executiva
Estadual solicitação firmada por sete membros da Comissão Provisória
Municipal para que a Convenção fosse suspensa, em razão da falta de
acordo para a votação das pessoas que não estavam na lista da Justiça
Eleitoral e se filiaram até 15 dias antes da Convenção, conforme
previsto no Estatuto do PDT. O pedido foi concedido e a Convenção
Municipal foi suspensa.
Entendo que cumpri o compromisso que
assumi por isso renuncio ao cargo de Presidente e membro da Comissão
Provisória Municipal do Rio Grande.
Informo também que encaminhei ao PDT e a
Justiça Eleitoral pedido de desfiliação do partido, mesmo que isto
inviabilize minha candidatura à Vereador.
Esclareço que pesou muito em minha
decisão de desfiliação o fato de nosso partido ter aderido ao governo
Tarso Genro, mesmo após ter concorrido contra seu projeto e ter este
governo encaminhado à Assembléia Legislativa do RS, projetos nefastos
contra a categoria dos militares estaduais, a qual pertenço, com muito
orgulho.
Infelizmente, os referidos projetos
foram aprovados com os votos de nossa bancada, que ajudei a eleger com
3608 votos, obtidos por mim na eleição a Deputado Estadual. Também é
difícil compreender como o partido da educação (PDT) apóia um governo
que não cumpre o piso nacional da educação, criado pelo próprio Tarso,
quando Ministro da Educação e reconhecido pela Justiça. À nível
nacional, onde também o PDT apóia o governo do PT, ocorreu um verdadeiro
estelionato eleitoral, com a PEC 300, que estabelece que os militares
estaduais não podem perceber subsídios menores do que os dos militares
do Distrito Federal. A proposta foi votada em 1º turno na Câmara dos
Deputados, no período eleitoral e depois foi engavetada.
Por minha fé, honra, coerência,
dignidade e lealdade aos meus companheiros da Brigada Militar, não me
restou alternativa, senão a renúncia do cargo e a desfiliação do
partido.
Rio Grande, 30 de novembro de 2011.
JORGE ANTONIO PENNA REY
Fonte: ASSTBM
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