PREVISAO DO TEMPO

Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Estado e Cpers seguem sem acordo e greve continua

Deivison Ávila
ANA PAULA APRATO/JC
Movimento grevista ficou em frente à sede da Procergs, onde foi realizada a reunião
Movimento grevista ficou em frente à sede da Procergs, onde foi realizada a reunião
Não houve avanço após a reunião realizada na manhã de ontem entre a Secretaria de Educação do Estado (Seduc) e o Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), na sede da Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul (Procergs). A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, afirma que o governo não definirá o fim da paralisação. Já o secretário da Educação, Jose Clovis de Azevedo, indica que só haverá um acerto quando o magistério oficializar o fim do movimento grevista.

Depois de cerca de uma hora de reunião, a única otimista quanto a uma tendência de evolução era a secretária-adjunta da Seduc, Maria Eulália Nascimento. "O governo do Estado já garantiu R$ 2 bilhões para os próximos quatro anos, sendo R$ 500 milhões para 2012. Devemos aguardar o anúncio do Ministério da Educação para saber qual será o reajuste atualizado do Piso Nacional, o que deve ocorrer em janeiro", explica Maria Eulália.
Quanto ao possível fim da paralisação, Rejane reafirmou a posição estabelecida pelo movimento há dez dias. "Só estamos realizando a greve porque o governador Tarso Genro não está cumprindo o que ele mesmo estabeleceu: a aplicação do Piso Nacional do magistério", reitera a presidente do Cpers. "Quem decide quando começa e quando termina a greve é a categoria."

De acordo com Rejane, a Seduc agiu de forma desrespeitosa, condicionando o magistério gaúcho a encerrar a greve antes de apresentar suas reivindicações. "O governo sabe que a obrigação dele, depois de receber uma proposta, é apresentar uma contraproposta. E ainda houve a ampliação do conflito a partir da apresentação do projeto de reforma do Ensino Médio no final do ano letivo", reforça a presidente.

Azevedo segue a mesma linha de pensamento do início das tratativas, pela qual o governo se mantém aberto ao debate e à discussão, desde que o movimento seja formalmente encerrado. "De fato não existe mais greve no Rio Grande do Sul, existe a mobilização dos dirigentes", acredita o secretário. Questionado sobre a situação dos alunos que estão sendo prejudicados com a paralisação, o secretário é enfático. "Não existem escolas fechadas.

O que há é um grupo muito reduzido ligado à direção dos professores que continua fazendo o movimento. E quanto ao ponto, segue o corte para todos que não estejam trabalhando."

O Cpers informa que não há assembleia marcada para a discussão dos próximos passos do movimento. A paralisação continua, mesmo que o sindicato não divulgue o número de grevistas em todo o Estado, assim como a vigília dos professores em frente ao Palácio Piratini.

Governo apresenta carta com pontos a serem debatidos

Mais tarde, o governo do Estado encaminhou uma carta ao sindicato dos professores contendo pontos a serem debatidos com a categoria: participação na Conferência Estadual do Ensino Médio, criação de grupos de trabalho para discutir a proposta de reestruturação do Ensino Médio e o sistema de avaliação dos professores e das escolas e a reabertura da negociação para elaborar alternativas para a implementação do piso nacional do magistério.

Para a presidente do Cpers, o texto não traz novidades. "Não caracterizamos como uma proposta. Não existe possibilidade de terminarmos a greve para negociar. Quem decide o fim da greve é a categoria. É contraditório, até, um governo que dizia que não havia greve condicionar a retomada do diálogo ao fim dela", diz Rejane de Oliveira.

Hoje, o Cpers promoverá, em várias escolas de Porto Alegre, ações contrárias à reforma do Ensino Médio pretendida pelo governo do Estado.

Fonte: http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=80035&fonte=nw

Nenhum comentário:

Postar um comentário