Tanto na Brigada Militar como na Polícia Civil continua a inconformidade com a política salarial que, por ora, acalmou apenas os cabos e soldados
Embora o Palácio Piratini tenha conseguido colocar em banho-maria suas negociações com os cabos e soldados da Brigada Militar, através de um aumento chinfrim, a efervescência com os oficiais superiores da corporação continua com aumento gradativo de aquecimento. Na noite de quinta-feira, estiveram reunidos na sede da AsofBM (Associação dos Oficiais da Brigada Militar) os representantes de núcleos da entidade de todas as regiões do Estado. Na ocasião, os oficiais demonstraram estranheza diante do que consideram uma desconsideração por parte do governador Tarso Genro. Eles vêm reivindicando equiparação salarial às demais carreiras de Estado que compõem o sistema de persecução criminal e o silêncio do governador está sendo interpretado pela oficialidade como uma negativa às suas solicitações. Na ocasião, foi exigida da diretoria da entidade a marcação de uma assembleia geral, com urgência, quando serão tratadas linhas de ação em caso da desconsideração do Piratini permanecer. Sigam-me
Primavera
O hiato entre o Piratini e a oficialidade da Brigada é, praticamente, o mesmo em relação aos delegados da Polícia Civil, que buscam equiparação salarial com os procuradores do Estado e já preparam também uma assembleia geral que deverá acontecer na primeira quinzena de novembro próximo. A inconformidade com a política salarial do governo também será motivo para a mobilização, em novembro, da Associação de Tenentes, Subtenentes e Sargentos da Brigada. Da minha torre, sinto que a primavera na Praça da Matriz promete ser de fortes ventos.
Fonte: Coluna de Wanderley Soares no Jornal O Sul 22out2011