PREVISAO DO TEMPO

Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

sábado, 14 de julho de 2012

A velha máxima de que a hierarquia e a disciplina são os sustentáculos das corporações vai se fragilizando

ESCOLHAS:
Ao longo dos tempos vai se cristalinizando que a hierarquia nas corporações militares no Brasil manteve-se alicerçada sob os auspícios da disciplina. Pois os exemplos que dão sustentação a essa afirmativa estão presentes em inúmeros episódios ocorridos e que ocorrem rotineiramente nos quartéis e locais sob a égide da autoridade militar.
 
A velha máxima de que a hierarquia e a disciplina são os sustentáculos das corporações e que devem ser mantidas a qualquer custo como única opção de sobrevivência da corporação militar estadual, vai se fragilizando e mostrando que é perfeitamente cabível colocá-las em prática atendendo tardiamente a um novo modelo, onde os direitos humanos e os direitos fundamentais dos integrantes da instituição militar possam ser respeitados e vivenciados.
 
As abordagens dentro dessa visão, existentes ainda nos instrumentos legais utilizados na caserna, mostram que em verdade e ao longo do tempo foram factóides, usados apenas para mostrar e demonstrar direitos que foram usurpados das graduações mais inferiores.
 
As verdadeiras argumentações e muita das vezes, a razão cristalina defendida perdia sua sustentabilidade simplesmente no convencimento da autoridade de que para mantê-la, utilizava a legalidade dos instrumentos (regulamentos) para satisfazer suas vontades.
 
Eram comuns até mesmo pessoas estranhas a caserna, investirem-se ou revestirem-se desse pensamento para defender a utilização ferrenha de instrumentos que já não mais são aceitos na era em que o estado democrático de direito vai se fortalecendo e ganhando corpo em todos os aspectos da vida nacional.
 
Quantas imoralidades não foram cometidas e continuam ainda a desafiar os policiais militares, sob o manto da legalidade?
- Punições privativas de liberdade, ferindo flagrantemente o direito constitucional de ir e vir, sem levar em conta a utilização dos sagrados princípios constitucionais (sem a observância integral do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, do cerceamento de defesa) e tantos outros insculpidos na carta maior do país e nos instrumentos internacionais assinados em que os governos do Brasil juraram defender.
- Ascensão sem oportunidades iguais, subjetivas e privilegiando aqueles que pela oportunidade estão mais próximos de quem possui o poder decisório.
- Transferências para locais mais longe de seus domicílios, dificultando a convivência familiar.
- Designações para funções contraditórias as formações, habilidades e vontades.
- Cortes de gratificações.

Tudo isso e mais algumas outras situações, são exemplos que ainda ocorrem freqüentemente e são submetidos todos aqueles que ousam discordam de posições, que atrapalham interesses ou simplesmente são alvos de experimentarem a demonstração do poder de mando, estando motivada tão simplesmente em vinganças pessoais, inveja ou ainda na pura maldade, numa óbvia demonstração de que os que cometem, sentem-se inferiorizados, deixando claro as suas incapacidades de não poderem superar seus algozes.
 
Mas como o mal não perdura para sempre, consciências vão se despertando e buscando caminhos para as necessárias mudanças; pessoas dotadas de virtudes inatas vão aflorando e através de suas ações e comportamentos vão aglutinando outras a se irmanarem na busca de objetivos comuns.
 
São as chamadas lideranças naturais que diferentemente da grande maioria dos chefes, estes últimos investidos de funções que possuem maior autoridade, aos poucos vão ganhando espaço na discussão das tardias mudanças que devem ser operacionalizadas.
 
Muita das vezes, nós como seres humanos temos que operar mudanças internas, revendo conceitos e valores, adequando-os inclusive a realidade, o que não quer dizer mudança de personalidade ou caráter (estes são imutáveis), mas sim ajudar a consertar o que está errado, contribuir para um processo de amadurecimento pessoal e institucional.
 
É uma questão de escolha e alguém já profetizou: “A vida é feita de escolhas, quando se dá um passo para frente, inevitavelmente alguma coisa fica para trás”.
 
São Luís-MA, 19 de maio de 2012.
 
TEN CEL QOPM Carlos Augusto FURTADO Moreira
celqopmfurtado@hotmail.com – celqopmfurtado@gmail.com
Título original da matéria: ESCOLHAS

Nem polícia nem militar, são obrigados a se expressarem no anonimato e o que querem os policiais?

As greves das Polícias Militares (PMs) constituem um fato social que merece avaliação cuidadosa.

Todos sabem que a Constituição proíbe a greve aos militares - no que, aliás, está muito correta. O problema é que os PMs são, para todos os efeitos, equiparados aos membros das Forças Armadas. Mais do que isso, as próprias Polícias Militares são consideradas forças de reserva do Exército e estão, em última instância, a ele subordinadas. Então, é como se os PMs não fossem policiais, mas "militares". Tratamos, aqui, de entulho autoritário que precisa ser removido. Policiais - militares ou civis - são trabalhadores como quaisquer outros e precisam dos mesmos direitos trabalhistas. Em se tratando de serviço essencial, eventuais greves devem obedecer ao imperativo de manutenção dos serviços emergenciais - como ocorre na área da saúde, por exemplo. 

Recusar aos PMs o direito à sindicalização e a outras garantias básicas da convivência democrática é erro de gravíssimas conseqüências.
De plano, a vedação transforma qualquer manifestação reivindicatória - ainda que pacífica e ordeira - em infração disciplinar e mesmo em crime militar; o que as empurra para a ilegalidade e para os "desvios secundários" desta condição (como, por exemplo, o anonimato, as práticas conspiratórias, etc.). Sem a experiência de uma cidadania plena e submetidos, não raro, a relações de desmando e de humilhação por seus superiores, os PMs vivem a condição da desigualdade e da violência em suas próprias corporações e é nesta linguagem que são (de)formados. A conta será paga em cada abordagem policial, como de costume, pela população mais pobre, pelos negros e pelos suspeitos de sempre. O ponto que desejo destacar aqui, entretanto, é que a democracia brasileira não entrou nas PMs e nela não entrará enquanto o modelo de polícia que temos não for profundamente alterado. 

Enganam-se os que pensam que as greves dos PMs no Brasil expressam tão-somente demandas salariais. Os salários-nada-essenciais pagos aos praças, assim como aos policiais civis não-delegados, são, é claro, o tema emergencial. Mas, para além disso, os trabalhadores da segurança pública querem ser ouvidos e estão em busca de respeito. Alguns entre eles, por desespero ou oportunismo, cometem neste processo atos inaceitáveis que devem merecer a devida resposta jurídica. Mas não se pode "enquadrar" as aspirações de centenas de milhares de policiais aos atos reprováveis praticados por uma ou outra liderança - que, possivelmente, nunca teriam alcançado protagonismo em uma dinâmica de mobilização sindical. 

A condição humana dos policiais brasileiros tem sido historicamente aviltada. Não apenas pelo descaso dos governantes - sempre sensíveis aos pleitos dos poderosos e daqueles que estão no topo da pirâmide salarial - mas também por um modelo de polícia ineficiente e irracional que não oferece aos bons policiais qualquer perspectiva de dignidade e reconhecimento. O que as greves das polícias estão nos dizendo é que a paciência do "andar de baixo" - pelo menos nas polícias - se esgotou. O que, desde uma perspectiva histórica, costuma ser uma boa notícia.

Marcos Rolim - rolim.com.br

Faltam policiais no RS


<br /><b>Crédito: </b> JOÃO LUIS XAVIERMesmo que os gaúchos apontem em qualquer pesquisa que o medo de ser assaltado é a sua principal preocupação e, por consequência, deveria ser também a prioridade do governo, não é assim que a realidade se apresenta. Caso contrário não estaria a nossa segurança pública defasada em pessoal, equipamentos e instalações. E não se diga que a culpa é somente do atual governo. A crise institucional de nossas organizações policiais (Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias e Susepe) arrasta-se por muitos governos que sempre trataram essas instituições com remendos salariais e improvisações materiais. Dados de autoridades da BM e da PC mostram que os atuais efetivos estão defasados. A Brigada tem um déficit de 12 mil homens e a Polícia Civil atua hoje com 55% do efetivo ideal. O chefe de Polícia, delegado Ranolfo Vieira Júnior, não esconde os números da corporação: hoje são 5.208 policiais civis, mas há uma previsão legal para 8.137 cargos. Em 1980, a Polícia Civil contava com um quadro com 6,5 mil policiais e o RS tinha uma população de 7,5 milhões de habitantes. A população gaúcha anda em torno de 11 milhões e o efetivo da Polícia Civil diminuiu. A mesma proporção vale para a Brigada Militar, que já teve mais contingente quando a população do RS era menor. Na chamada letra fria da lei, BM e PC têm efetivos aprovados de acordo com as necessidades de segurança da população. A Brigada Militar terá um efetivo de 37.050 servidores (incluindo os bombeiros) até 2014 e a PC, como disse o delegado Ranolfo Vieira Júnior, já tem previsão legal para 8.137 agentes. Na prática, no entanto, a crise policial é visível. Visível na falta de efetivos e na insatisfação dos contingentes de todas as corporações pelos salários incompatíveis com suas determinadas funções de proteger o cidadão gaúcho.

Polícia Civil (1)

O delegado Ranolfo Vieira Júnior, chefe da Polícia Civil, numa reunião-almoço da Federasul, disse que em 56 cidades gaúchas existe apenas um policial para dar atendimento a quem precisa da Polícia. Nos 496 municípios do RS, só em 340 há o que se pode chamar de contingente, ou seja, mais de um policial.

Salários das PMs (1)

Os salários pagos aos soldados da BM estão entre os mais baixos do Brasil. O policial militar mais bem remunerado é o de Brasília. Ele ingressa na carreira com um vencimento de R$ 4.l29,73. Até a PM do Amapá tem melhores salários que a Brigada: R$ 2.070,00. O Maranhão, considerado um dos estados mais pobres do Brasil, remunera o seu policial militar com um salário inicial de R$ 2.037,39.

Polícia Civil (2)

Sempre que há um concurso público para o preenchimento de vagas na Polícia Civil (inspetores, escrivães e delegados), os candidatos superam várias vezes o número de vagas oferecidas, mas nem todos os aprovados aparecem. No tempo de espera, outros concursos surgiram e os aprovados para os cargos na Polícia Civil acabam optando pelas novas oportunidades.

Salários das PMs (2)


Os policiais militares do Mato Grosso tiveram reajuste em maio deste ano. Um soldado classe A, início da carreira, ganha R$ 2.151,62. Os coronéis passaram de R$ 16.725,61 para R$ 17.596,91.

Comparação

Um policial em Nova Iorque tem um salário de 36 mil dólares por ano (R$ 72 mil) e ainda tem direito a horas extras e pagamento adicional noturno. A cobertura de saúde é completa. Exige-se do candidato a policial formação universitária. Atualmente, só americanos natos ou naturalizados podem ingressar na força, mas há um projeto de lei que pretende admitir também estrangeiros residentes, portadores do green card, com até 35 anos de idade. A Polícia de Nova Iorque é municipal e o seu comandante supremo é o prefeito da cidade.

Fonte: Correio do Povo 15julho2012

Rogério Mendelski 
rogerio@radioguaiba.com.br

PM e bombeiro são diferentes, diz autor

Para o escritor, bombeiro não deve trabalhar armado, pois sua função é diferente da executada pelo policial<br /><b>Crédito: </b> DIVULGAÇÃO / CP

Antropólogo Luiz Eduardo Soares vem a Porto Alegre lançar novo livro

Para o escritor, bombeiro não deve trabalhar armado, pois sua função é diferente da executada pelo policial
Crédito: DIVULGAÇÃO / CP
A vinculação do Corpo de Bombeiros à Brigada Militar é um contrassenso, na opinião do antropólogo, cientista político e escritor Luiz Eduardo Soares. De acordo com ele, no Rio de Janeiro os bombeiros irão começar a trabalhar armados. "Algo que está criando muita confusão", comentou, o autor dos livros ''Elite da Tropa 1 e 2''. "O serviço de bombeiro é diferente do executado pelo policial militar; não há razão para que sejam vinculados."

Em 2001, Soares esteve no RS prestando assessoria em segurança pública. Agora, ele volta ao Estado para o lançamento de um livro, no próximo dia 17. O escritor disse estar há muito tempo afastado para analisar a situação da Segurança Pública gaúcha. No entanto, ele considera que a situação aqui é um pouco melhor que no Rio, salientando que os esquadrões da morte existem em todo o Brasil. "A diferença é que, no Rio, a dimensão é maior", comentou. "Mas esse tipo de expediente é prática corrente em todo o país."

Quanto às Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), Soares considera uma iniciativa positiva. Porém, acentuou ele, para que tenham futuro, é preciso que os policiais do RJ tenham uma outra mentalidade. "Para se ter uma ideia, no RJ, com 15 milhões de habitantes, de 2003 a 2011 morreram 9.231 pessoas durante ações policiais", ressaltou. "Nos EUA, com 300 milhões de habitantes, a média de mortos é de 300 por ano; no Rio, a média é de 1 mil anualmente." Essas mortes, acentuou o antropólogo, são resultado de confrontos violentos entre policiais e criminosos. "Tem que ir no foco, mas o fato é que os policiais do Rio de Janeiro são ingovernáveis."

Segundo ele, uma pesquisa com 64.120 policiais aponta que 70% dos entrevistados querem mudanças no modelo policial brasileiro. "O que há de bom não deriva da estrutura organizacional, mas da vontade das pessoas."
 
Fonte: Correio do Povo 14julho2012

Seguradas do IPE podem fazer mamografia de graça na semana que vem

Pacientes devem levar a requisição do médico para realização do exame

Seguradas do IPE Saúde poderão fazer exames de mamografia de graça, entre segunda e sexta-feira da semana que vem, em clínicas e hospitais conveniados ao Instituto no Rio Grande do Sul. A meta é estimular o exame preventivo. A iniciativa ocorre em parceria com a Secretaria de Política para as Mulheres (SPM). 

O presidente do Instituto, Valter Morigi, acolheu a sugestão da SPM e reforçou a importância do exame lembrando que as chances de cura sobem para 95% quando o diagnóstico é precoce. Para a realização do exame, é indispensável, porém, que a segurada leve a requisição do médico.

Segundo o Instituto da Mama do RS (Imama), o Rio Grande do Sul registra um dos maiores índices de câncer de mama do mundo. A Semana Estadual de Luta contra o Câncer de Mama no Estado foi instituída em 7 de julho de 2011 pela Lei nº 13.749 e ocorre sempre no período que compreende o dia de julho.

Fonte: Rádio Guaíba 

Correio do Povo online 14julho2012

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Entidades manifestam insatisfação com projetos de reajustes da BM



Rachel Duarte



Deputados gaúchos aprovam por unanimidade reajustes aos policiais militares./Foto: Marcos Eifler/Agência ALRS





Líder do governo, Valdeci Oliveira teria garantido emenda para verticalidade e descumprido, segundo entidades da BM./Foto: Marcelo Bertani/ Agência ALRS

As entidades que representam os policiais militares reagiram de forma imediata à aprovação do parlamento gaúcho, nesta quarta-feira (11), de três projetos do executivo estadual para reajustes salariais da categoria. O que seria o desfecho vitorioso após longo processo de negociações, iniciado no final do ano passado, se tornou um recomeço de novas negociações entre governo e a Associações de Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSBTM) e a Associação Beneficente Antonio Mendes Filho da Brigada Militar (ABAMF).

Por unanimidade foram aprovados projetos de lei para reajuste sobre os soldos básicos de postos e graduações da Brigada Militar, reajuste aos Oficiais da BM e outros projetos que fixam o subsídio para a Polícia Civil e o subsídio mensal do chefe de polícia e dos membros de carreira de delegado de polícia. As entidades tinham a expectativa de ver acrescentada uma emenda parlamentar que garantisse a verticalidade salarial para os brigadianos, o que não aconteceu. A partir de 1° de novembro haverá o reajuste de 6% nos vencimentos básicos dos servidores de nível médio. As gratificações e parcelas autônomas serão incorporadas ao soldo básico, com o objetivo, segundo a justificativa governamental, de aumentar o vencimento básico e reduzir as gratificações que distorcem o valor final da remuneração. “A proposta vem ao encontro de uma antiga reivindicação da categoria, no sentido de aproximar os valores do vencimento dos membros da corporação, reduzindo o abismo remuneratório entre o soldado e o coronel”, diz ainda a justificativa da proposta.

A ASSTBM afirma contrariedade em relação aos índices percentuais aprovados no projeto e está determinada a não descansar até que seja garantida a verticalidade salarial. “O governo foi intransigente. Venderam uma falsa expectativa e colocaram goela baixo os projetos sem a garantia da verticalidade”, acusa o diretor de comunicação da ASSBTM, Marco Rodrigues.

Ele reforça que a entidade definiu posição contrária ao projeto desde o começo das negociações com o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana. “Sempre fomos contra. Só que o governo disse a época que iria garantir a verticalidade quando das negociações e resolveria o problema da BM. Na prática não foi o que aconteceu. Para pararmos com os protestos disseram uma coisa e agora fizeram outra”, diz.


O deputado Jeferson Fernandes (PT) salientou na votação desta quarta-feira que, até o final do mandato do governador Tarso Genro, haverá, com a aprovação das propostas à BM, melhorias salariais de 74% para capitães; 39,25% para majores, 42,83% para tenentes-coronéis e 43% a coronéis, além de 104% a soldados.

A Associação Beneficente Antonio Mendes Filho da Brigada Militar (ABAMF) contesta. “Não aumentou o salário dos soldados em 30% do que ganham os coronéis, como acordamos. Aumentou 25%. E a verticalidade tem um teto agora até 2014 para nós e até 2018 para as demais categorias da BM. Isso tem que ser vitalício”, afirma o presidente da entidade Leonel Lucas.

Segundo ele, mesmo com os reajustes oferecidos pelo governo, a Brigada Militar gaúcha seguirá com menor remuneração no país. “O nosso salário poderá chegar até R$ 2.398 até 2014, o que ainda é abaixo da média nacional de R$ 2,5 mil”, compara.

A Casa Civil já sinalizou abertura ao diálogo com as entidades, mas elas acusam que os projetos não apresentaram as reivindicações acordadas com o governo Tarso Genro e novas conversas podem não resolver. “A categoria está indignada. Estamos bem temerosos com a nova rodada de negociação. O que podemos esperar?”, diz Leonel Lucas.
 
Fonte: O Sul 21
 

O salário público dos servidores

Os servidores públicos, em geral, não são recepcionistas que ganham 24 mil por mês. Em geral, os servidores públicos recebem salários compatíveis com seus cargos ou menos do que isso, como a maioria da população brasileira. E, como a maioria da população brasileira, os servidores públicos levam seus filhos à escola, empurram carrinho no supermercado, compram remédio na farmácia, conversam com o vizinho e se irritam no trânsito. Os servidores públicos são idênticos à maioria da população brasileira, mas, com a lei que pretende divulgar-lhes os nomes e os salários, levarão uma vida diferente de todos, levarão uma vida igual ao seu trabalho: pública. Posso imaginar uma roda de mulheres num bar passando de mão macia para mão macia a lista dos salários de seus amigos, e quiçá pretendentes, que trabalham no serviço público.

– Prefiro sair com este, que ganha R$ 928,52 a mais do que esse outro.
– Olha aqui esse chinelão: me convidou para beber um vinho na casa dele, mas só ganha R$ 950. Vai ver é vinho de garrafão.
Ou quem sabe a faxineira de um servidor, discutindo com ele:
– O senhor pode me dar mais 20 por faxina: o seu salário é R$ 3.269,88.
Ou o vizinho na reunião de condomínio:

– Uma vez que o seu salário é de 10.974, você pode aumentar a contribuição mensal, já que nós ganhamos muito menos.

A relação de nomes e salários também será muito útil para operadoras de telemarketing, vendedores e eventuais golpistas, mas ninguém se beneficiará mais do que os sequestradores que abundam debaixo dos semáforos das cidades. Eles poderão estabelecer com minúcias de centavos quanto pedir de resgate por algum familiar de um servidor público. Muito prático.

Eu aqui, eu já precisei de inúmeros servidores públicos, ao longo da vida: sempre estudei em escola pública, e, como qualquer cidadão, já tive de me socorrer da saúde pública, da Justiça, da polícia, dos bombeiros, de diversos prestadores de serviço. Pois quando esses funcionários estavam me atendendo, se porventura pensasse no salário deles, sabe do que eu gostaria? Que eles fossem muito bem remunerados. Que aquele professor, que aquele médico, que aquele escrevente, que aquele delegado, que aquele juiz, que aquele brigadiano ganhasse muito bem, que estivesse satisfeito com seu trabalho, a fim de me prestar assistência de qualidade, a melhor assistência possível.

A divulgação dos salários vinculados aos nomes dos funcionários talvez diminua distorções como a da recepcionista que ganha R$ 24 mil por mês. Mas talvez também afaste os bons do serviço público. Porque, se é verdade que o que é caro não é necessariamente bom, também é verdade que o bom vale mais. O serviço público, por atender a toda a população, tem de ser composto pelos melhores, e os melhores têm de ser bem remunerados. Com merecimento, sim. Com transparência, claro que sim. Não com constrangimento.

 
Fonte: Jornal Zero Hora - 13/07/2012 - Coluna David Coimbra



A emenda do PL 141/2012

Existem diversas postagens, algumas contra e outras favoráveis ao governo em relação ao Projeto de Lei 141/2012 que dispõe sobre os básicos de postos e graduações da Brigada Militar.

Alguns insistem que a verticalidade foi instituída com a palavra escalonamento introduzida na Emenda de n° 1 assinada pelo Deputado(a) Valdeci Oliveira. Pois bem, costumo dizer que tudo o que começa errado acaba errado, a tal emenda não é de autoria do deputado, uma vez que apesar das insistentes incursões ao gabinete do parlamentar nunca lá estava a famosa emenda e a assessoria do deputado fazia contato com a Casa Civil cobrando o documento. Ao fazermos uma comparação da Emenda n° 1 e a Emenda n° 2 e analisando friamente vemos que o governo não se comprometeu com a verticalidade pelo simples fato de ter fixado uma data para valer o escalonamento, lembram o que escrevi diversas vezes em relação ao básico de abril que estava fixado e não teríamos Matriz Salarial? Pois o governo acaba de nos aplicar o mesmo golpe, vejam a comparação dos enunciados abaixo transcritos:

Enunciado da emenda governamental: Art.5º Em 30 de novembro de 2014, a remuneração inicial de 1º Tenente, nos termos do ar. 3º desta Lei, corresponderá a 43% (quarenta a três por cento) do soldo básico de Coronel.

Sugestão das associações: Art.5º A partir de 30 de novembro de 2014, a remuneração inicial de 1º Tenente, nos termos do ar. 3º desta Lei, não será inferior a 43% (quarenta a três por cento) do soldo básico de Coronel.

Enunciado da Emenda nº 2 proposta pelo Deputado Márcio Biolchi: Art.___ Os soldos dos militares estaduais ativos e inativos da Carreira de Nível Médio da Brigada Militar, a partir de 1 de janeiro de 2015, obedecerá a regra de escalonamento vetical, tomando por base o soldo do Coronel, no valor de R$ 10.678,83, conforme os seguintes índices:

Apesar de ser imediatista e com um certo teor de demagogia a emenda do Dep. Biolchi foi a que mais se aproximou dos anseios dos servidores, pois a do governo estabelece que em 30 de novembro. Quem me garante que em 2015 continuará tal escalonamento? Lembrem do golpe da Matriz Salarial que ninguém acreditou nos alertas que foram dados.

É o meu posicionamento pessoal.

Dagoberto Valteman-2º Sgt RR BM
Jornalista inscrito sob nº 15265
valteman.blogspot.com
051 85136497-80519341 ou 82364993

Veja os 10 melhores e piores empregos de 2012

SÃO PAULO - O que faz um emprego ser bom ou ruim? Segundo a CareerCast.com, para responder esta pergunta é necessário avaliar a remuneração, ambiente de trabalho, nível de estresse e perspectiva de contratação. E foi isso que a site americano fez, analisou 200 empregos baseados em Bureau of Labor Statistics e de outras agências do governo dos Estados Unidos.

No topo da lista dos melhores empregos aparecem o Engenheiro de Software, Atuário e Gerente de Recursos Humanos. De acordo com o site, com o aumento da procura de computação digital e necessidades de saúde, faz sentido que a maioria das profissões na lista dos melhores empregos esteja relacionada com as áreas de matemática, ciências e saúde.

Em contrapartida, entre os piores empregos deste ano estão lenhador, produtor de leite e soldado. Estes lideram a lista devido ao trabalho físico, oportunidades de trabalho em declínio e um ambiente ruim de trabalho.

Ranking


Confira abaixo a lista com os dez melhores e piores empregos deste ano

Top 10


Colocação Melhores                                                              Piores

1º Engenheiro de Software                                                  Lenhador

2º Atuário                                                                          Produtor de Leite

3º Gerente de Recursos Humanos                                      Soldado

4º Dentista                                                                         Operador de Plataforma de Petróleo

5º Planejador Financeiro                                                    Jornalista

6º Audiologista                                                                  Garçom

7º Teraupeta ocupacional                                                  Leitores de medidores residenciais

8º Gerente de Publicidade on-line                                      Lavadores de pratos

9º Analistas de Sistemas                                                   Açogueiro

10º Matemático                                                                Locutor de rádio

Fonte: Carrercast

http://dinheiro.br.msn.com/comportamento/veja-os-10-melhores-e-piores-empregos-de-2013

Instituições Federais: Governo recebe grevistas hoje

O governo federal manterá hoje encontro com representantes das instituições federais de Ensino Superior. A categoria, em greve desde 17/5, será recebida às 15h pelo secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. Mesmo com o ofício do agendamento em mãos, os sindicalistas se mostram "incrédulos" na possível solução. "Não dá para prever como será a conversa. Esperamos que eles apresentem, de fato, proposta concreta", afirmou Marina Barbosa, presidente da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes).


Fonte: Correio do Povo 13julho2012

Assembleia de MG aprova fim de 14º e 15º

A Assembleia Legislativa de Minas aprovou ontem o fim do pagamento de 14 e 15 salários aos deputados. A medida foi aprovada junto com um reajuste de 4,44% para os servidores do Legislativo mineiro e a extinção definitiva do pagamento de jetom aos deputados para participação em reuniões extraordinárias, suspenso desde abril do ano passado. O auxílio-paletó significava R$ 13.612,50 líquidos a mais no bolso de cada um dos 77 deputados no início e no fim de casa ano. Com a nova regra, a Assembleia deve economizar pouco mais de R$ 9,2 milhões a cada legislatura.

Fonte: Correio do Povo 13julho2012

A SERVIDORA DA ASSEMBLEIA E O SOLDADO

A triste notícia de ZH/10 Jul, sobre a servidora da Assembleia Legislativa, entristece e tocou diretamente no Soldado da Brigada Militar, que amanheceu de serviço na guarita lindeira ao Theatro São Pedro, bem no epicentro da flagrância da evasão. Em escolaridade, empatam ou a dele é superior; os rigores da atividade e da fiscalização de labor a dele é bem maior. A desproporção avulta mais ainda nos ganhos salariais de ambos. Não se nega que a notícia chegou ao nobre servidor cedo da manhã, pois o local onde atuou nesse dia é propício ao acesso ao jornal e infelizmente só lhe sobrou a indignação e ir descansar um pouco, pois logo se seguirão novas escalas.

Eis uma pequena amostra do descompasso de ganhos salariais entre os servidores dos Três Poderes e até de Órgãos do próprio Executivo. Sabe-se que ditas castas costumam receber inclusive vantagens que decorrem de desequilíbrios dos planos econômicos, situação desconhecida dos comuns mortais.

Volto ao Soldado, como poderia ir a todos servidores públicos do Executivo, pois ele é real e do seu posto recebeu, diretamente, uma contundente "paulada na cabeça" e, mesmo com a proteção do capacete, culminou em tontear, bem mais que numa ação policial, onde o confronto é comum.

Ao se recobrar, mirou, perplexo o Palácio Piratini e imaginou a grande dificuldade do seu Comandante-em-chefe em buscar recompor o seu salário e se perguntará se falta dinheiro ou vontade política. Ao certo sabe que: Nem uma nem outra, apenas o governante paga bem a quem ele teme! O Governador, além de ter carreira e sonhos, quer ir para história, por isso acaba refém de alguns e até de si mesmo.

A experiência do soldado em apreço o faz refletir e imagina que, alguns questionamentos ainda vão complicar sua carreira, e aí nem Governador não lhe promove e nem envia algum projeto miserável para a Assembleia, para o próximo governador pagar. Os Deputados também não votarão, pois isso não pode ser regime de urgência, porque a barriga pode esperar e tem mais: o próximo Governador paga se quiser, caso contrário vira Precatório e aí os Desembargadores negociam projetos do Judiciário em troca de retardos de saque ao Tesouro e outras cositas mais.

Tem também o Tribunal de Contas, que aparece pouco, mas é o que julga as contas do Governador e que recepciona, volta e meia, alguns destacados Parlamentares mesmo que não consigam citar ao menos um dos princípios constitucionais que regem os atos da Administração Pública, mas passam a julgar autoridades!

Ao fim o miliciano resolve tirar o time de campo, pois o assunto é por demais complexo e já deve reassumir galhardamente um novo posto, ciente de que a sua Instituição é que sustenta a governabilidade e se imagina estar bem representado como soldado e como cidadão. Imagina que um dia será diferente, com equilíbrio e justiça.


NELSON PAFIADACHE DA ROCHA-Cel RR e Advogado
 

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Dança dos comandantes

Nesta sexta-feira 13, às 10h, diante do Monumento ao Expedicionário do Parque Farroupilha, será realizada a passagem do comando de Policiamento da Capital, solenidade na qual o coronel Paulo Moacyr Stocker dos Santos realizará a passagem de comando ao coronel Alfeu Freitas Moreira. O CPC (Comando de Policiamento da Capital) tem a responsabilidade de comandar nove Unidades Operacionais subordinadas, compreendendo o 1, 9, 11, 19, 20 e 21 BPM, o 1 BOE, o 4 RPMon e o Ciosp. Durante a solenidade, também será realizada a troca de comando do 11 BPM, 19 BPM, 20 BPM e 1 BOE.

 Fonte: Wanderley Soares
Jornal O Sul 12julho2012

Aprovados reajustes para Segurança

Apesar de muita discussão, projetos foram aprovados por unanimidade<br /><b>Crédito: </b> MARCELO BERTANI / AL / CPApesar de muita discussão, projetos foram aprovados por unanimidade

Crédito: MARCELO BERTANI / AL / CP

Em ritmo de recesso, os parlamentares aprovaram dez matérias, ontem, na sessão plenária que foi a última do primeiro semestre do ano. Além da recomposição salarial de 7,2% aos servidores da Assembleia, os deputados aprovaram, por unanimidade, outros quatro projetos que reajustam os vencimentos dos policiais civis e da Brigada Militar. "É o maior valor apresentado por um governo até hoje para essas categorias", comemorou o líder do governo na Casa, deputado Valdeci Oliveira (PT).

Um dos projetos fixa os valores dos soldos básicos dos postos de capitão, major, tenente-coronel e coronel da Brigada Militar até 2018. O vencimento básico de um capitão da BM, por exemplo, subirá progressivamente de R$ 1.960,69 (valor em maio de 2013) até R$ 3.396,64 (em novembro de 2018). Os deputados de oposição criticaram a data final do calendário de pagamentos, já que o atual governo Tarso Genro, que negociou os reajustes, só vai até 2014. Outra das matérias reajusta em 6% o salário dos demais postos da BM. O calendário de pagamentos termina em 2014.

Os policiais civis também receberam reajuste de 6%, previsto até 2015. Aprovados ainda os reajustes para delegados e chefes de Polícia.


Fonte: Correio do Povo 12julho 2012

Medida aprovada eleva salários federais

O plenário do Senado aprovou ontem o projeto de Lei de Conversão, que prevê criação de gratificações, mudanças em planos de cargos e reajuste nos salários de servidores federais. As medidas beneficiam quase 1 milhão de funcionários. A proposta vai à sanção da presidente Dilma Rousseff. Segundo o Ministério do Planejamento, a medida tem impacto de R$ 1,5 bilhão nas contas públicas, montante previsto no orçamento 2012, aprovado no Congresso.

Fonte: Correio do Povo 12julho 2012


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Frustradas as expectativas dos servidores de nível médio da Brigada Militar.

Foto: Magda Marques
Imprensa ASSTBM
A expectativa das lideranças classistas dos servidores de Nível Médio da Brigada Militar restaram frustradas na tarde de hoje. Dirigentes da ASSTBM, ABAMF, ABERGS e da Federação das Entidades Independentes estiveram no parlamento gaúcho cobrando uma emenda que inserisse a verticalidade no projeto do Governo, porém a emenda aprovada não garante isso. Após levar aproximadamente 02 semanas para redigir uma emenda ao PL141/2012 que regula os vencimentos do Nível Médio da Brigada Militar, o governo apresentou hoje tal emenda hoje já quase no horário de votação e sem consulta aos servidores. Estratégicamente o governo matou os representantes de classe no cansaço, apresentando a emenda sem tempo hábil para qualquer renegociação ou ajuste.Infelizmente o governo mais uma vez atendeu os abastados e maltratou os menos aquinhoados. Caberia aqui chamar de "Governo das Elites"

Transcrição da emenda:
 PROJETO DE LEI Nº 141/2012
  EMENDA Nº 1

No Projeto de Lei n° 141/2012, que dispõe sobre os soldos básicos de postos e graduações da Brigada Militar e dá outras providências, ficam acrescidos dois artigos, que serão o 4° e 5°, renumerando-se os demais, conforme segue:
"Art. 4° À remuneração inicial, compreendida como soldo básico acrescido da Gratificação de Risco de Vida, nos termos do art. 3° desta Lei, , a partir de 1° de novembro de 2014, aplica-se o seguinte escalonamento:
I- 1° Tenente PM............ .....................100%;
II - 2° Tenente PM.... ............................93,02%;
III - Sub-Tenente PM (em extinção)..82,62%;
IV -Aspirante a Oficial PM (em extinção)...82,62%;
V - 1° Sargento PM...................79,06%;
VI -2° Sargento PM................74,41%;
VII - 3° Sargento PM (em extinção) .67,44%;
VIII - Cabo PM (em extinção)...........60,46%;
IX -Soldado PM- Io Classe.. .............58,13%;
X - Soldado PM - 2° Classe (em extinção)...49,63%.
Art. 5° Em 30 de novembro de 2014, a remuneração inicial de 1° Tenente, nos termos do art. 3° desta Lei, corresponderá a 43% (quarenta a três por cento) do soldo básico do posto de Coronel.
   
JUSTIFICATIVA 
De Plenário
OBS: O PL foi aprovado por 47 votos favoráveis e nenhum contrário




Edson Brum alerta para prejuízos aos servidores de nível médio da BM

Leonardo Nunes - MTB 12277 | PMDB - 16:53-11/07/2012 - Foto: Leonardo Nunes
O deputado Edson Brum (PMDB) considera ilusórios os índices apresentados no projeto que fixa os valores dos soldos básicos dos postos de Capitão, Major, Tenente-Coronel e Coronel da Brigada Militar. “Este reajuste é para daqui há oito anos. Em novembro de 2018 será paga a parcela mais significativa. Então o atual governo não paga, o próximo vai pagar apenas um mês. É fácil deixar a conta para os outros”, disse.
Conforme o deputado, os servidores de nível médio acabam prejudicados com a falta de sensibilidade do governo estadual. O melhor seria, na avaliação do parlamentar, estabelecer um percentual de coronel para todos os níveis, de soldado a primeiro tenente. “Mas o governo fixa reajustes para coronel até 2014, deixando o restante da corporação para até 2018, daqui há oito anos, para outros governos pagarem”.
 
O peemedebista registrou que a matriz salarial aprovada em 2004, no governo Rigotto, recuperou o salário de todos os servidores da Segurança ao prever correção conforme aumento de arrecadação. “Esta conquista se dá graças à mobilização dos servidores e entidades representativas. Mas não tentem passar uma borracha em tudo e achar que o atual governo está inventando a roda”. A recuperação de salário a partir do aumento da arrecadação do Estado, repassada em março todo ano pela matriz salarial, melhorou em muito, e deve ser reconhecido o mérito do governo Rigotto”.
 
Agência de Notícias
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Associação de Sargentos da BM e Ugeirm exigem verticalidade



Categorias policiais pressionam o governo para incluir vantagens na proposta que será votada pela AL


Portal ASSTBM

Portal ASSTBM o site da Comunidade Policial

Créditos da Foto: Portal ASSTBM

O presidente da Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar (ASSTBM), Aparício Santellano, disse que a proposta de reajuste salarial para a categoria por parte do governo ainda deixa a desejar. Em entrevista por telefone ao Programa Guaíba Cidades, esclareceu que pela parte da manhã uma comitiva irá à Assembleia Legislativa para buscar entendimento para melhorar a proposta. Ele denunciou que o governo vende uma ideia para a população e internamente a proposta está muito confusa. Santellano destacou que a categoria quer um tratamento igualitário com outros setores da BM.

Já o presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Ugeirm Sindicato), Isaac Ortiz, disse que o governo retirou do texto a verticalidade, mas a Constituição prevê que para qualquer reajuste para os agentes de polícia o governo terá que cumprir a lei. Ortiz destacou que o estatuto está muito defasado e que é preciso discutir o plano de carreira para a PC. O dirigente esclareceu que a Operação Cumpra-se a Lei não tem a ver com as reivindicações salariais, mas com a legalidade do serviço policial.

Fonte: Luis Tósca/Rádio Guaiba

Ouça o áudio: Entrevista com Aparício Santellano (ASSTBM)

Ouça o áudio: Entrevista com Isaac Ortiz (Ugeirm Sindicato)
Ouça o áudio: Repórter Jimmy Azevedo na Assembleia Legislativa

Através do link abaixo:


http://www.asstbm.com.br/?pg=noticia&id=625





domingo, 8 de julho de 2012

Abrir caixa-preta dos salários gera dúvida

Servidores não aceitam nova regra, mas informações podem ser relevantes

As declarações do governador Tarso Genro (PT), que, durante a última semana, se disse contrário à divulgação dos nomes dos funcionários públicos associados a seus salários, e o fato de a prefeitura de Porto Alegre, que optou por publicar as listas, ter a decisão contestada liminarmente por servidores só fizeram aumentar o interesse sobre o tema. O que aguça a curiosidade não são apenas os valores dos salários. As pessoas se interessam em saber os motivos de a divulgação causar tanto temor entre os servidores.

Os argumentos de servidores, concursados ou não, e de políticos, são vários. Há até quem argumente "medo de sequestro" ou os que dizem temer que "presidiários" acessem os dados. Há os servidores que alegam que seus proventos são informações de caráter pessoal e, por isso, sigilosas. E, ainda, os que asseguram que vão passar por constrangimentos familiares ou no seu círculo social.

"Na verdade, há todos estes receios pessoais, do servidor que não quer que a esposa saiba quanto ele ganha, ou daquele que não quer que a ex-mulher saiba. Mas há também assuntos bem mais complicados. Porque, com as listas publicadas, muita gente vai ter que explicar disparidades salariais, vinculações e vantagens inexplicáveis", resume o diretor executivo da Transparência Brasil, Cláudio Abramo. Os argumentos de medo de sequestro e do acesso de dados por presidiários, Abramo aponta como "absurdos demais". "As pessoas são sequestradas por seus hábitos, e não pelos seus rendimentos", resume.

A disponibilização dos dados, que ganhou força após a Lei de Acesso à Informação, possibilita ainda uma série de outras informações. Com as tabelas é possível indicar, por exemplo, o exato número de cargos em comissão (CCs) e estagiários nos poderes. Hoje, no governo do Estado, da forma como as informações estão dispostas, esta é uma tarefa quase impossível. Outra possibilidade é o rastreamento de casos de enriquecimento ilícito, ou aqueles comuns no Poder Legislativo, em que o CC recebe um alto salário, mas tem um padrão de vida abaixo dos proventos, porque parte deles fica com o vereador ou o deputado para quem trabalham. E há, ainda, o apontamento das conhecidas funções gratificadas e verbas de representação.

Fonte: Correio do Povo de 08julho2012




Piratini prevê só matrícula sem nome

'Vamos publicar os salários de forma individualizada', garante Juliana<br /><b>Crédito: </b> bruna cabrera / piratini / cp'Vamos publicar os salários de forma individualizada', garante Juliana
Crédito: bruna cabrera / piratini / cp
 
A subchefe de Ética, Controle Público e Transparência da Casa Civil, Juliana Foernges, informou na sexta-feira que o governo do Estado vai manter o prazo do final de 2012 para a divulgação das tabelas com informações sobre salários e que uma das alternativas em estudo é publicar, no lugar dos nomes, os números das matrículas. "Vamos divulgar os salários de forma individualizada, com o tipo de vínculo, o cargo e o valor bruto da remuneração, mas a definição sobre os nomes ainda está em aberto."

Segundo Juliana, que na quinta-feira apresentou novas hipóteses de divulgação ao governador Tarso Genro (PT), o acesso deverá conter pelo menos seis campos básicos: o nome ou matrícula ou código, a remuneração bruta, os descontos legais, os descontos autorizados, as parcelas indenizatórias e o valor bruto.

Na Assembleia Legislativa a Mesa Diretora analisa na terça-feira a proposta de divulgação. O superintendente-geral da Casa, Fabiano Geremia, disse que, se ela for aprovada, o processo de divulgação será rápido, mas que, se houverem ajustes, será preciso adaptar o sistema. "Neste momento a tendência é abrir todo o salário. Por exemplo, o que é função gratificada e o que é função incorporada."

Geremia revelou também que a Assembleia ainda não disponibilizou as listas devido "ao emaranhado de ações jurídicas".

Fonte: Correio do Povo de 08julho2012


TJ/RS deve publicar dados até dia 20

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ/RS) deve publicar os dados sobre os salários dos seus servidores até o dia 20 julho. Quando da entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, em maio, o Executivo gaúcho informou que publicaria as listas com os nomes. E quando o Supremo Tribunal Federal decidiu publicar seus dados, ainda em maio, o TJ/RS e a Assembleia Legislativa informaram que seguiriam a mesma norma.

Mas, entre os poderes executivos, após a publicação da lei, a União, o governo do Distrito Federal e a Prefeitura de Porto Alegre foram os primeiros a disponibilizar as relações completas de salários. Em todos houve contestação judicial. A Prefeitura de São Paulo já as publicava antes da lei e também foi alvo de liminares, mas recorreu ao STF e obteve decisão favorável.

Fonte: Correio do Povo de 08julho2012

Pacote de bondades pressiona o caixa

Senado vota benefícios a diversas categorias e aumenta gastos da União

Depois de aprovar, nesta semana, quatro propostas que aumentam os gastos públicos, na próxima terça-feira o Senado deverá concluir o pacote de bondades, votando em plenário projeto que concede aposentadoria especial, com redução de cinco anos do tempo de trabalho para a concessão do benefício, para garçons, maîtres, cozinheiros e confeiteiros de bares e restaurantes.

Como o governo tenta aprovar regras mais rígidas para controlar as contas do INSS, o autor do projeto, o líder do PTB, senador Gim Argello (DF), resolveu repassar a despesa extra para as empresas e, em última instância, para os clientes. Para anular o impacto da concessão desse benefício nas contas da Previdência, o projeto prevê acréscimo de 1% no valor da contribuição das empresas que possuem profissionais dessa categoria na folha de pagamento. "Com o aumento na contribuição empresarial, esse custo tende a ser repassado aos clientes, que retribuirão à presteza e qualidade dos serviços desses profissionais", disse o relator do projeto na Comissão de Assuntos Sociais, Vicentinho Alves (PR-TO), que foi favorável à matéria. A aposentadoria especial é concedida a pessoas que trabalharam em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. Na quarta-feira passada, profissionais que trabalham em bares e restaurantes ocuparam as galerias do plenário para pressionar pela votação do projeto.

No mesmo dia, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou projeto que dá ao aposentado com deficiência física ou doença grave o direito a um adicional de 25% no valor do benefício. Também aprovou proposta que permite ao trabalhador da área rural que migrar para as cidades contar o tempo na lavoura para se aposentar. Hoje, é necessário entrar na Justiça para somar o tempo de serviço no campo com o da área urbana.

Por fim, a CAS aprovou projeto que dá aos trabalhadores rurais direito ao seguro-desemprego, o que impactaria, se a proposta entrar em vigor, no Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Também no dia 4, o plenário do Senado aprovou projeto que concede direitos trabalhistas, como férias, licença-maternidade e 13 salário, aos conselheiros tutelares. A proposta, que foi à sanção presidencial, cria encargos para os municípios. Além do recesso oficial, em julho, deputados e senadores terão o recesso branco dos meses de campanha eleitoral e só trabalharão duas semanas de agosto e uma de setembro, mas receberão salário integral.


Fonte: Correio do Povo 08julho2012