Antropólogo Luiz Eduardo Soares vem a Porto Alegre lançar novo livro
Para o escritor, bombeiro não deve trabalhar armado, pois sua função é diferente da executada pelo policial
Crédito: DIVULGAÇÃO / CP |
A vinculação do Corpo de Bombeiros à Brigada
Militar é um contrassenso, na opinião do antropólogo, cientista
político e escritor Luiz Eduardo Soares. De acordo com ele, no Rio de
Janeiro os bombeiros irão começar a trabalhar armados. "Algo que está
criando muita confusão", comentou, o autor dos livros ''Elite da Tropa 1
e 2''. "O serviço de bombeiro é diferente do executado pelo policial
militar; não há razão para que sejam vinculados."
Em 2001, Soares esteve no RS prestando assessoria em segurança pública. Agora, ele volta ao Estado para o lançamento de um livro, no próximo dia 17. O escritor disse estar há muito tempo afastado para analisar a situação da Segurança Pública gaúcha. No entanto, ele considera que a situação aqui é um pouco melhor que no Rio, salientando que os esquadrões da morte existem em todo o Brasil. "A diferença é que, no Rio, a dimensão é maior", comentou. "Mas esse tipo de expediente é prática corrente em todo o país."
Quanto às Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), Soares considera uma iniciativa positiva. Porém, acentuou ele, para que tenham futuro, é preciso que os policiais do RJ tenham uma outra mentalidade. "Para se ter uma ideia, no RJ, com 15 milhões de habitantes, de 2003 a 2011 morreram 9.231 pessoas durante ações policiais", ressaltou. "Nos EUA, com 300 milhões de habitantes, a média de mortos é de 300 por ano; no Rio, a média é de 1 mil anualmente." Essas mortes, acentuou o antropólogo, são resultado de confrontos violentos entre policiais e criminosos. "Tem que ir no foco, mas o fato é que os policiais do Rio de Janeiro são ingovernáveis."
Segundo ele, uma pesquisa com 64.120 policiais aponta que 70% dos entrevistados querem mudanças no modelo policial brasileiro. "O que há de bom não deriva da estrutura organizacional, mas da vontade das pessoas."
Em 2001, Soares esteve no RS prestando assessoria em segurança pública. Agora, ele volta ao Estado para o lançamento de um livro, no próximo dia 17. O escritor disse estar há muito tempo afastado para analisar a situação da Segurança Pública gaúcha. No entanto, ele considera que a situação aqui é um pouco melhor que no Rio, salientando que os esquadrões da morte existem em todo o Brasil. "A diferença é que, no Rio, a dimensão é maior", comentou. "Mas esse tipo de expediente é prática corrente em todo o país."
Quanto às Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), Soares considera uma iniciativa positiva. Porém, acentuou ele, para que tenham futuro, é preciso que os policiais do RJ tenham uma outra mentalidade. "Para se ter uma ideia, no RJ, com 15 milhões de habitantes, de 2003 a 2011 morreram 9.231 pessoas durante ações policiais", ressaltou. "Nos EUA, com 300 milhões de habitantes, a média de mortos é de 300 por ano; no Rio, a média é de 1 mil anualmente." Essas mortes, acentuou o antropólogo, são resultado de confrontos violentos entre policiais e criminosos. "Tem que ir no foco, mas o fato é que os policiais do Rio de Janeiro são ingovernáveis."
Segundo ele, uma pesquisa com 64.120 policiais aponta que 70% dos entrevistados querem mudanças no modelo policial brasileiro. "O que há de bom não deriva da estrutura organizacional, mas da vontade das pessoas."
Fonte: Correio do Povo 14julho2012
Muito bem postado o comentário deste escritor, mas ele deve levar em conta que a realidade dos EUA é em muito diferente da nossa, Brasil. Lá as Leis são mais dura e são cumpridas pois existe um desistimulo a que pensa em cometer algum delito. Aqui ao contrário com os infratores concientes de que o nosso codigo penal tem breixas legais se tornam mais ousados e por consequencia mais perigosos. Quanto aos bombeiros desmenbrar seria como usar um cobertor curto na aplicação dos recursos e ainda, talvez uma criação de novos cargos e funções civis de confiança que, graças a Deus, hoje não existe. Na minha modesta opinião em time que está ganhando o jogo não se mexe, e a união policia-bombeiro é tradicional aqui, então deve permanecer. Desculpas a quem pensa diferente. Obrigado e abraços a todos os colegas.
ResponderExcluir