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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

terça-feira, 29 de novembro de 2011

PMs da Operação Golfinho ameaçam parar se não houver aumento nas diárias


Policiais militares em treinamento para a Operação Golfinho estão revoltados com a morte do Soldado Rafael de Souza Pereira, de 25 anos, ocorrida ontem (29) durante o treinamento físico em Cidreira. Rafael sofreu uma parada cardiorespiratória e morreu a caminho do hospital. O grupo é composto por 20 brigadianos que reivindicam acompanhamento médico durante os treinamentos, além do aumento no valor das diárias para 100 reais, atualmente o valor é de R$ 57. Eles reclamam ainda dos excessos cometidos durante os treinos, exigindo mais do que o normal do potencial físico dos policiais. Eles ameaçam abandonar o treinamento e voltar para suas unidades de origem, caso o Comandante-geral não tome alguma providência. A Associação dos Sargentos, Subtenentes e Tenentes da Brigada Militar está apoiando as manifestações dos PMs, colocando à disposição suas dependências na Colônia de férias no município de Cidreira, bem como outros tipos de assistência. Essa reivindicação sobre o aumento das diárias já é um pleito antigo da ASSTBM, sendo que em 14 de novembro protocolou no Palácio Piratini um ofício cobrando do governo o aumento das diárias. A entidade espera que o governo seja sensivel à causa e valorize esses profissionais que cumprem a nobre função de salvar vidas. Por isso a integridade física do policial deve ser garantida e preservada. A ASSTBM se compromete a levar até o Comandante-geral a reivindicação dos brigadianos envolvidos na Operação Golfinho.
Há um mês, cerca de mil policiais iniciaram os treinamentos para a Operação Golfinho, que está marcada para começar no dia 17 de dezembro. Divididos em grupos de no máximo 40 pessoas, os alunos se reuniram em Torres, Tramandaí, Capão da Canoa, Cidreira, Porto Alegre e Cassino.
O soldado Rafael Souza nadava na lagoa de Cidreira quando passou mal. O policial foi socorrido pelos colegas e levado ao hospital da Ulbra de Tramandaí, no carro de um morador. O treinamento não contava com acompanhamento médico nem com ambulâncias para casos de socorro urgente.
O plano da BM era remover a vítima de helicóptero para Porto Alegre, mas o soldado morreu no hospital. Abreu ressaltou que ele passou em todos os testes físicos necessários para o trabalho e classificou o ocorrido como uma fatalidade. O comandante geral da BM explicou que o treinamento é rígido para atender às exigências definidas pela corporação.
Após a divulgação do laudo do Instituto Médico Legal (IML), a Brigada Militar vai instaurar um inquérito para apurar as responsabilidades sobre o ocorrido. Souza era natural de Cruz Alta e atuava na Brigada Militar havia dois anos.
*Abaixo, oficio enviado ao Governo do Estado em 14/11.


Fonte:DEE ASSTBM

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