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APROVAÇÃO DA PL 346/11 DISCRIMINAÇÃO AOS BOMBEIROS
No
dia 22/11/2011 a Assembléia Legislativa aprovou a PL 346/11 que criou
2.800 vagas de 3º Sargentos (Sgt) para a Brigada Militar, sendo 180
(6,45%) para os Bombeiros e 2.620 (93,55) para o Policiamento.
No
momento que este projeto foi protocolado na Assembléia a ABERGS
mobilizou-se juntamente com os colegas Franco, de Santa Cruz do Sul e o
colega Guedes, de Lagoa Vermelha para que esta PL fosse corrigida pelo
governo ou pelo legislativo, dando aos bombeiros as vagas que
LEGALMENTE, se faz jus.
Foram enviados estudos comprovando o erro na
divisão de vagas (conforme noticiado no site da ABERGS em 18/10/2011)
ao Gabinete do Governador, Casa Civil e Secretaria de Justiça, além de
contatos com Deputados Estaduais relatando a injustiça eu iria se
concretizar.
No dia da votação a ABERGS se fez presente na
Assembléia no início da manhã através de seu Coordenador Adjunto
Florisbelo Dutra. Ao entrar em contato com Deputado Altemir Tortelli e
sua assessoria, foi informado a ABERGS que segundo o assessor para
assuntos legislativos da Casa Civil César Martins o governo apresentaria
um substitutivo corrigindo para 14% das vagas de Bombeiros a serem
criadas.
A PL 346/11 estava na pauta para ser o primeiro projeto da
sessão a ser votado. Dutra se fez presente no plenário para confirmar a
apresentação do substitutivo e acompanhar a votação. Antes da votação o
Deputado Tortelli, o assessor da bancada do PT José Gomes e o assessor
da Casa Civil César Martins confirmaram que o substitutivo estava
protocolado e iria à votação.
Pouco antes da votação da PL e do
substitutivo verificamos a presença de Leonel Lucas presidente da ABAMF
no plenário expondo com veemência uma argumentação com os deputados.
Diante da situação, Dutra se dirigiu a Lucas para tratar da PL. Lucas
relatou que estava argumentando aos deputados que o substitutivo
prejudicava sua classe e que não seria contra se o governo aumentasse
3081 vagas de 3º Sgt para não tirar as vagas do policiamento e atender
os Bombeiros. Em seguida aproximou-se o deputado Ricardo Santini e
relatou que o governo e os deputados não poderiam acrescer mais vagas,
ou era o projeto original ou o substitutivo. A ABERGS argumentou ao
deputado que com a retirada do substitutivo os maiores prejudicados
seriam os Bombeiros. Após o deputado retirou-se sem dizer que iria
acontecer. Continuando a conversa com Lucas argumentamos a que a PL
estava prejudicando os Bombeiros na divisão proporcional das vagas por
erro de quem as calculou. Afirmamos a Lucas que o policiamento não
possuía a expectativa das vagas que não faziam jus e que as mesmas
seriam dos Bombeiros por questão de justiça e de direto. Embora
reconhecesse a injustiça, Lucas disse que o policiamento não poderia ser
“prejudicado”.
Antes da votação do substitutivo o deputado Santini
levou aos deputados a reivindicação da ABAMF. No momento em que o
presidente da Assembléia colocou em votação o substitutivo a PL 346/11 o
deputado Santini se manifestou dizendo que por acordo os deputados
decidiram retirar o substitutivo e só votar a PL original. Diante desta
manifestação o presidente retirou o substitutivo e colocou em votação a
PL 346/11 a qual foi aprovada por unanimidade e selou de vez a maior
injustiça com os Bombeiros até o momento.
Após, a ABAMF através do
presidente Lucas reconheceu que os Bombeiros foram injustiçados e se
colocou a disposição da ABERGS para em conjunto ir ao governo na busca
das vagas que são de direito dos Bombeiros.
Posteriormente a
ABERGS conversou com o representante da Casa Civil César Martins
reconheceu a injustiça e que a intenção do governo era corrigir o erro,
porém não conseguiu concretizá-la. César Martins se comprometeu a
agendar uma reunião com a secretária adjunta da Casa Civil para tratar
das vagas para os Bombeiros, reafirmando que os Bombeiros não serão
prejudicados.
Diante do relatado, aguardaremos que o Governo e a
Assembléia Legislativa corrijam tamanha injustiça com os Bombeiros.
Esperamos que aconteça em breve, caso contrário a ABERGS mobilizará os
Bombeiros em um movimento visando reparar esta injustiça e na busca da
valorização de nossa classe.
Para concluir, como historicamente
acontece aos Bombeiros, mais uma vez foram discriminados, tratados como
uma subclasse profissional, nossos direitos foram preteridos em relação à
outra classe profissional, independente de ser justo e legal. O nosso
sentimento de indignação não é por apenas perdemos as vagas que fizemos
jus, mas é principalmente pela forma como fomos tratados, ou seja,
IGNORADOS, DISCRIMINADOS E DESVALORIZADOS!
A ABERGS vai seguir na
luta para defender o que é dos Bombeiros por direito e por justiça. Mais
do que uma injustiça esse episódio reafirmou que a DESVINCULAÇÃO DOS
BOMBEIROS DA INSTITUIÇÃO BRIGADA MILITAR é necessária e irreversível. É
com a DESVINCULAÇÃO que nós Bombeiros seremos reconhecidos como uma
classe profissional que presta relevantes serviços a sociedade gaúcha
conquistando nossa IDENTIDADE E DIGNIDADE.
OBS: O artigo acima foi transcrito do facebook da ABERGS (Assoc. dos Bombeiros RS)
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