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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Segurança Pública

Soldado gaúcho ganha menos que o baiano, que está em greve

Praças da PM baiana fazem greve


A remuneração bruta total de soldados da PM na Bahia é hoje de cerca de 2,2 mil reais. Eles estão em greve. A partir de abril deste ano, o vencimento total de seu equivalente na Brigada Militar gaúcha será de 1,5 mil reais. A julgar pelo contracheque, a gestão petista de Jacques Wagner deveria fazer inveja a Tarso Genro.

 Ontem (2), feriado de Navegantes em Porto Alegre, foi um dia de caos em Salvador, que celebrava o Dia de Iemanjá. Houve saques no comércio e arrastões que assustaram os soteropolitanos. A Força Nacional de Segurança Pública foi acionada. O governador baiano estará em cadeia regional de rádio e TV à noite de hoje. O noticiário especula se haverá porto seguro no carnaval da Bahia.
 
A Justiça cumpriu conhecido roteiro: declarou a greve ilegal e impôs multa de 80 mil reais diários à entidade representativa dos soldados baianos. Os sargentos, subtenentes, tenentes e oficiais não estão em greve, mas são solidários aos soldados (e bombeiros) baianos.
 
Houve negociações de bastidores a evitar ontem o confronto de forças nacionais com os policiais militares que estão acampados na Assembleia Legislativa da Bahia. Seria um derramamento de sangue a hipótese de confronto.
 
Os grevistas reclamam o cumprimento de lei vigente, que prevê progressão no pagamento de uma gratificação por atividade policial (GAP). Também existe reivindicação para remunerar os policiais por meio de subsídio: na tabela proposta, o salário de um soldado baiano chegaria a 4,5 mil reais em 2014.
 
Nos pampas
 
Em 2011, o governo Tarso Genro encerrou, em setembro, negociações de reajuste salarial com praças da BM. Todos tiveram incremento de 91 reais no vencimento básico, o que significou maior percentual para soldados e cerca de 10% para um tenente. Justificativa? Quem ganha menos merece percentual maior. A ASSTBM assinalou contrariedade.
  
A retórica do Palácio Piratini resistiu pouco mais de um mês. Os oficiais da BM tiveram 10% lineares logo em seguida. Ganharam mais que tenentes na ponta do lápis, porque o reajuste, para oficiais, deu-se integralmente em janeiro – e não parcelado, como na negociação com praças. Capitães, além dos 10%, levaram ainda abono e uma nova FG.
 Tarso já ampliou o abismo salarial na BM.
  
No site da AsofBM, uma nota informa tabela de progressão salarial selada entre o governo e os delegados de Polícia. O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, disse que “manterá o compromisso acertado em mesa de negociação com os Oficiais da Brigada Militar de voltar, imediatamente, a negociar, como repetimos aos senhores ad nauseam”.
A mensagem da AsofBM sugere, portanto, salário de 24 mil a um coronel da BM em 2018. Ou de 17,5 mil reais para um capitão da BM daqui a seis anos.

O governo disse ainda que pretende negociar com a Brigada Militar após concluir negociação salarial com a Polícia Civil - e não quer vincular negociações. O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, sinalizou verticalidade de vencimentos aos brigadianos, mas ainda não apresentou proposta concreta.

Aos agentes policiais, o Palácio Piratini fez a primeira proposta: amplia o abismo entre o vencimento inicial de agentes e de delegados dos atuais 311% para 470%.

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