Segmento da Polícia Militar da Bahia decidiu entrar em greve nesta quarta-feira
Foto: Divulgação / Aspram
Esta quarta-feira (1º) começou em polvorosa na Bahia, principalmente
na capital, Salvador. Segmentos da Polícia Militar (PM-BA), servidores
da Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador), e
funcionários que estão trabalhando nas obras da Arena Fonte Nova
paralisaram suas atividades no início do dia.
As ações causaram engarrafamentos em toda a
cidade desde o começo da manhã, já que no caso dos policiais militares e
dos operários da arena, houve interdição de vias. Para completar o já
movimentado dia, está marcada para as 16h (horário de Brasília), uma passeata promovida por movimentos sociais contra o prefeito de Salvador, João Henrique (PP), e vereadores do município.
POLÍCIA MILITAR - Os policiais que aderiram à greve
da PM-BA fazem parte da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da
Bahia (Aspra). Eles decretaram a paralisação em assembleia na noite
desta terça-feira (31) e passaram a madrugada desta quarta (1º) na
frente da Assembleia Legislativa. O grupo reivindica a criação de um
plano de carreira, pagamento da Unidade Real de Valor (URV) e melhores
condições de trabalho. A reportagem tentou entrar em contato com
representantes da Aspra, mas os telefones disponíveis no site da
instituição estavam desligados durante toda a manhã.
O comando da PM-BA, no entanto, nega a existência de greve. Em nota
oficial divulgada na página do Governo do Estado na internet, a Polícia
Militar informou que, apesar da "ameaça de paralisação de segmentos da
corporação, os serviços de segurança seguem dentro da normalidade. Todas
as providências já foram tomadas e estão mantidas as rotinas do
policiamento na capital e no interior". Mesmo negando o movimento, o
comando afirmou que as solicitações estão sendo tratadas junto às
associações corporativas. Leia a nota na íntegra.
Foto: Divulgação / Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município
TRANSALVADOR - Os funcionários da Transalvador
iniciaram às 6h uma paralisação que tem duração prevista de 48 horas. A
decisão de cruzar os braços ocorreu após assembleia realizada nesta
terça-feira (31). Durante esse período, apenas 30% do efetivo estará nas
ruas, o que é exigido por lei. Nesta quinta (2), acontece a Festa de
Iemanjá, que contaria com uma operação especial do órgão municipal e que
será bastante comprometida, assim como as blitzes de Lei Seca.
Os motivos alegados pela Associação dos Servidores em Transporte e
Trânsito do Município (Astram) e pelo Sindicato dos Servidores em
Trânsito e Transporte de Salvador e Região Metropolitana (Sindttrans),
que estão à frente do movimento, são o "descaso e falta de
comprometimento da administração municipal frente aos pleitos da
categoria." Entre eles estão a discussão dos cinco anos de retroativo,
pagamentos atrasados e regulamentação do Plano de Cargos e Vencimentos.
Na sexta-feira (3), após a paralisação, haverá, às 9h, nova assembleia,
que já tem indicativo de greve por tempo indeterminado. A interrupção
aconteceria a partir do próximo dia 6, a dez dias no início do Carnaval.
A Transalvador divulgou no fim da manhã nota oficial sobre a
paralisação. O órgão informou que está "absolutamente em dia com os
pagamentos das operações especiais realizadas pelos agentes de
fiscalização do órgão, não cabendo reivindicações sobre este assunto".
Declarou ainda que o superintendente da Transalvador, Alberto Gordilho,
"mantém um canal de diálogo permanente, de portas abertas, com as
associações representativas dos funcionários, estranhando que tenham
optado pelo caminho da greve" e que a superintendência está estudando
com seu setor jurídico as medidas cabíveis para acionar aqueles que
paralisaram suas atividades.
FONTE NOVA - Desde o início da manhã, os operários
que estão construindo a Arena Fonte Nova, no centro de Salvador, que vai
sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, estão reunidos em frente ao
canteiro de obras do estádio. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da
Construção Pesada (Sintepav), aproximadamente dois mil trabalhadores
aderiram à paralisação em protesto a cortes no salário sem
justificativa.
Segundo a assessoria do consórcio responsável pela construção do
estádio, a direção ainda não foi informada sobre as reivindicações que
motivaram a manifestação e aguarda comunicação oficial através do
Sintepav, que representa a categoria, e "reafirma o compromisso de
respeito aos direitos dos seus colaboradores, permanecendo aberta ao
diálogo".
Fonte: NE10.UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário