Em assembleia na Praça da Matriz, trabalhadores em Educação aprovaram continuar o movimento por tempo indeterminado
Em assembleia geral realizada ontem à tarde na Praça da Matriz, no Centro de Porto Alegre, o Cpers/Sindicato decidiu manter a greve e propôs fortalecer o movimento de pressão dos professores da rede pública estadual por tempo indeterminado. A intenção, segundo a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, é intensificar, nos próximos dias, a mobilização feita até agora pela categoria.Para a dirigente sindical, o principal resultado desta primeira semana de greve é o amadurecimento interno do debate sobre a pauta de reivindicações, a qual exige o pagamento imediato do Piso Nacional do Magistério e contesta a proposta de reforma curricular do Ensino Médio.
Na plenária na praça, os trabalhadores em Educação foram acompanhados por representantes de outros sindicatos e de movimentos sociais e estudantis. A estimativa da Brigada Militar foi de que cerca de 4 mil pessoas tenham participado do protesto do Cpers diante do Palácio Piratini. O momento mais tenso da atividade ocorreu quando o comando de greve tentou ser recebido no prédio do governo, mas acabou impedido por uma barreira policial. Não houve enfrentamento.
Após a assembleia, o secretário estadual de Educação, Jose Clovis de Azevedo, explicou à Imprensa a negativa do Palácio ao pedido de autoagenda feito pelo Cpers e reafirmou o posicionamento da SEC sobre a greve.
Conforme o secretário, a maneira como o Cpers tem se pronunciado não expressa desejo de negociar. "Reunião séria não pode ser de improviso. Até agora, temos recebido exigências. Isso não é negociar." Jose Clovis disse ainda que espera receber proposta de conteúdo e conceito sobre os temas reclamados e garantiu que a reunião solicitada será agendada, tão logo tal proposta seja apresentada.
Fonte: Correio do Povo 25nov2011
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