PREVISAO DO TEMPO

Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Governo tenta dilatar prazo prometido

Os integrantes do governo sabem que o cumprimento da promessa de pagar o piso nacional do magistério até 2014 é difícil. Mesmo após desmentir o secretário da Fazenda, Odir Tonollier, o governo tenta espichar discretamente o prazo. "Nosso planejamento vai até 2015, até porque nós é que elaboraremos o orçamento do primeiro ano do próximo governo", lembra Carlos Pestana, da Casa Civil. O alto escalão do Piratini utiliza dados de outros estados para defender abertamente mudanças no atual plano de carreira do magistério (ponto inegociável para o Cpers) como forma de alcançar o piso.

A Fazenda mostrou os dados na ponta do lápis. Informou que a não aprovação do INPC como indexador "impossibilitará seu cumprimento por estados e municípios brasileiros, pois prevê reajuste de 22% em 2012". E detalhou a diferença entre o impacto do reajuste pelo INPC e o do custo-aluno do Fundeb: de R$ 2,07 bilhões no primeiro, e de R$ 2,96 bilhões no segundo. Conforme os dados, com o indexador pelo Fundeb, o piso nacional passa de R$ 1.187 a R$ 1.450. "Sendo que o Estado paga R$ 868,00, aprofunda a diferença. Tornou inviável o conceito do piso nacional. Não podemos mais tê-lo como referência", completou Tonollier.

Além da reprimenda pública, Tonollier teve outro ônus: viu sumirem do noticiário os demais dados apresentados durante o balanço. Entre eles, o de que o déficit projetado para o ano ficará na faixa dos R$ 300 milhões.

As declarações

"Nós queremos melhorar o salário dos professores, mas não podemos mais ter como referência o piso nacional."

Odir Tonollier

"Quero afirmar o compromisso do governo em pagar o piso nacional."

Carlos Pestana

"Já havíamos alertado que o governo não tinha intenção de pagar o piso nacional."

Rejane de Oliveira

Fonte: Correio do Povo 12jan2012

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