Os integrantes do governo sabem que o cumprimento da promessa de pagar o
piso nacional do magistério até 2014 é difícil. Mesmo após desmentir o
secretário da Fazenda, Odir Tonollier, o governo tenta espichar
discretamente o prazo. "Nosso planejamento vai até 2015, até porque nós é
que elaboraremos o orçamento do primeiro ano do próximo governo",
lembra Carlos Pestana, da Casa Civil. O alto escalão do Piratini utiliza
dados de outros estados para defender abertamente mudanças no atual
plano de carreira do magistério (ponto inegociável para o Cpers) como
forma de alcançar o piso.
A Fazenda mostrou os dados na ponta do lápis. Informou que a não aprovação do INPC como indexador "impossibilitará seu cumprimento por estados e municípios brasileiros, pois prevê reajuste de 22% em 2012". E detalhou a diferença entre o impacto do reajuste pelo INPC e o do custo-aluno do Fundeb: de R$ 2,07 bilhões no primeiro, e de R$ 2,96 bilhões no segundo. Conforme os dados, com o indexador pelo Fundeb, o piso nacional passa de R$ 1.187 a R$ 1.450. "Sendo que o Estado paga R$ 868,00, aprofunda a diferença. Tornou inviável o conceito do piso nacional. Não podemos mais tê-lo como referência", completou Tonollier.
Além da reprimenda pública, Tonollier teve outro ônus: viu sumirem do noticiário os demais dados apresentados durante o balanço. Entre eles, o de que o déficit projetado para o ano ficará na faixa dos R$ 300 milhões.
As declarações
"Nós queremos melhorar o salário dos professores, mas não podemos mais ter como referência o piso nacional."
Odir Tonollier
"Quero afirmar o compromisso do governo em pagar o piso nacional."
Carlos Pestana
"Já havíamos alertado que o governo não tinha intenção de pagar o piso nacional."
Rejane de Oliveira
A Fazenda mostrou os dados na ponta do lápis. Informou que a não aprovação do INPC como indexador "impossibilitará seu cumprimento por estados e municípios brasileiros, pois prevê reajuste de 22% em 2012". E detalhou a diferença entre o impacto do reajuste pelo INPC e o do custo-aluno do Fundeb: de R$ 2,07 bilhões no primeiro, e de R$ 2,96 bilhões no segundo. Conforme os dados, com o indexador pelo Fundeb, o piso nacional passa de R$ 1.187 a R$ 1.450. "Sendo que o Estado paga R$ 868,00, aprofunda a diferença. Tornou inviável o conceito do piso nacional. Não podemos mais tê-lo como referência", completou Tonollier.
Além da reprimenda pública, Tonollier teve outro ônus: viu sumirem do noticiário os demais dados apresentados durante o balanço. Entre eles, o de que o déficit projetado para o ano ficará na faixa dos R$ 300 milhões.
As declarações
"Nós queremos melhorar o salário dos professores, mas não podemos mais ter como referência o piso nacional."
Odir Tonollier
"Quero afirmar o compromisso do governo em pagar o piso nacional."
Carlos Pestana
"Já havíamos alertado que o governo não tinha intenção de pagar o piso nacional."
Rejane de Oliveira
Fonte: Correio do Povo 12jan2012
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