A manifestação do secretário da Fazenda, Odir Tonollier, de que "o
Piso Nacional do Magistério é impagável" pelo atual governo provocou
forte reação do líder da bancada do PMDB, deputado Giovani Feltes. "Isso
beira o calote eleitoral. Passaram um ano enrolando para agora admitir
que tudo não passava de promessa com o único objetivo de ganhar o voto
dos professores", criticou Feltes. Maior ainda é a irritação do deputado
diante da alegação de Tonollier, que nesta quarta-feira (11) culpou o
reajuste de 22% no Piso como impeditivo de sua implementação até 2014:
"será que o governador Tarso Genro (PT), como ministro da Educação que
subscreveu a Lei, desconhecia que o valor teria correções anuais?,
questionou o líder peemedebista. A Lei 11.738, de julho de 2008, prevê
no artigo 5º que o piso salarial ao magistério público de todo o pais
será corrigido no mês de janeiro de cada ano.
Com o reajuste deste ano, o valor atual de R$ 1.187,00 passará para
um valor ao redor de R$ 1.450,00. "É lamentável, mas a confirmação de
que o Piso não será pago é mais uma comprovação de que o o governo do PT
é um governo placebo. Anuncia soluções mágicas que têm efeito apenas
para quem quer acreditar", acrescentou o deputado. Feltes lembra que, ao
longo de 2011, o governo prometia anunciar um calendário tão logo fosse
definido o índice. "Já alertávamos quando da votação do Plano
Plurianual de que o pagamento do Piso ficaria para o próximo governo.
Lançaram valores no orçamento deste ano que são insuficientes, quase que
fictícios", resumiu
De concreto em relação ao Piso, reforçou o líder da oposição, é a
ação cautelar que Tarso ingressou no STF (Supremo Tribunal Federal) para
não cumprir com a lei. Feltes classifica a manifestação textual do
secretário da Fazenda, de que "não terá o Piso como referência no RS"
como uma prova definitiva de que o Governo Tarso prioriza "aqueles que
menos precisam", referindo-se ao tratamento diferenciado em relação aos
servidores com os maiores salários na comparação com professores e
agentes da Segurança Pública.
Fonte: Agência de Notícias
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