Depois de quase 7 horas de tentativa de negociação entre sindicatos de PMs em greve e representantes do governo da Bahia, terminou sem avanços a reunião realizada ontem à tarde, em Salvador. A informação foi confirmada pelo presidente da OAB da Bahia, Saul Quadros, e pela Secretaria de Comunicação do Estado (Secom). "As negociações foram interrompidas depois de 24 horas. A mesma proposta apresentada agora foi a do início da manhã. Lamentavelmente não chegamos a uma negociação", disse.
As autoridades buscam evitar um confronto entre centenas de policiais entrincheirados na Assembleia Legislativa, em Salvador, e mil soldados do Exército que os mantêm sob sítio desde a madrugada de segunda-feira. Desde o início da greve da PM, em 31 de janeiro, a Secretaria de Segurança da Bahia contabiliza 115 assassinatos - mais do que o dobro da média habitual no Estado, que tem uma das maiores taxas de criminalidade do país.
O governador da Bahia, Jaques Wagner, pediu que os PMs grevistas retornem ao trabalho imediatamente. Wagner também falou sobre a impossibilidade de negociar anistia aos policiais que cometeram crimes desde o início da greve, em 31 de janeiro. Ele tranquilizou os turistas e baianos que pretendem curtir o Carnaval na capital baiana a partir da próxima semana, informando que o esquema de reforço policial na cidade começa no dia 14.
Ontem à tarde, o sargento Elias Alves Santana, um dos líderes do movimento grevista da PM, que teve o mandado de prisão decretado pela Justiça, foi preso pela Polícia Federal. Este é o segundo mandado cumprido dos 12 que foram expedidos pela Justiça. Além dele, o soldado Alvin dos Santos Silva, lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental, está preso desde a madrugada de domingo na Polícia do Exército.
Nenhum comentário:
Postar um comentário