PM é morto após assalto a pizzaria em Salvador, diz polícia PM deixou a Assembleia Legislativa na noite desta terça para ver familiares. Arma do policial foi levada pelos bandidos.
Um Policial Militar foi morto na noite desta terça-feira (7) no bairro de São Marcos, em Salvador. Segundo informações do posto policial do Hospital Roberto Santos, o soldado estava em uma pizzaria quando o local foi assaltado. Ainda de acordo a polícia, os assaltantes atiraram contra o soldado quando perceberam que ele estava armado. A vítima era lotado na 23ª Companhia da Policial Militar de Tancredo Neves. Segundo informações da 23ª Companhia, ele entrou na corporação em março de 2005.
De acordo com um dos grevistas que segue na Assembleia Legislativa (Alba) e que não quis se identificar, a vítima participava ativamente do movimento e estava dentro da Alba até o início da noite. "Ele deixou a Assembleia no início da noite para ir ver a família. Ele estava aqui desde o primeiro dia de greve, participando ativamente do movimento", disse o grevista, lotado na 3ª Companhia Independente da PM. "Amanhã [quarta-feira, 8] iremos fazer uma homenagem ao nosso colega", completou.
Não há confirmações oficiais de que o crime tenha envolvimento com a greve.
Habeas Corpus
Cinco dos 12 policiais militares da Bahia que tiveram mandado de prisão expedido pela Justiça tiveram o pedido de habeas corpus negado nesta terça-feira, segundo o advogado Jonas Benícios, que os representa.
Segundo Benícios, a Justiça utilizou como argumento para negar o habeas corpus a ausência de provas para a liberação dos policiais, que são suspeitos de formação de quadrilha e roubo de patrimônio público. Os PMs também devem passar por um processo administrativo na própria corporação.
Ainda de acordo com Benícios, os advogados dos policiais ficaram sabendo dos mandados de prisão através da imprensa. "Eu não tive como preparar a defesa porque não tive acesso aos autos do processo que pede a prisão. Mas agora, com base nos fatos atuais, vou levantar dados e provas para entrar com novo pedido", diz o advogado.
Entre os cinco policiais representados por Benícios, está Marco Prisco, líder do movimento grevista.
Prisões
O sargento da PM Elias Alves foi preso na tarde desta terça, em Salvador. Este é o segundo mandado cumprido dos 12 que foram expedidos por determinação judicial.
O soldado Alvin dos Santos Silva, lotado na Companhia de Policiamento de Proteção Ambiental (COPPA), está preso desde a madrugada de domingo (5) na Polícia do Exército. A prisão preventiva foi decretada pela juíza Janete Fadul.
Reunião com arcebispo de Salvador
(Foto: Divulgação/Secom)
Após quase sete horas de tentativa de negociação entre sindicatos de PMs em greve e representantes do governo da Bahia, terminou sem avanços a reunião realizada na tarde desta terça. A informação foi confirmada pelo presidente da OAB da Bahia, Saul Quadros, e pela Secretaria de Comunicação do Estado (Secom).
"As negociações foram interrompidas depois de 24h [desde o início na segunda-feira], não chegamos a evoluir. A mesma proposta apresentada agora foi a do início da manhã. Lamentavelmente não chegamos a uma negociação", disse Quadros.
Segundo a Secom, durante o encontro os representantes dos PMs fizeram contrapropostas ao governo, e elas serão levadas ainda nesta terça para análise do governador Jaques Wagner.
O encontro aconteceu na Residência Episcopal do arcebispo de Salvador e primaz do Brasil Dom Murilo Krieger, que participou da tentativa de negociação. Desde a segunda-feira (6), Dom Murilo Krieger, atua na intermediação entre os interesses do governo e de entidades sindicalistas dos policiais militares grevistas.
A reunião foi formada pelo presidente da OAB da Bahia, Saul Quadros; o secretário da Casa Civil, Rui Costa; o secretário da Administração do Estado, Manoel Vitório; o comandante geral da PM, Coronel Alfredo Castro, Rui Moraes, da Procuradoria Geral do Estado; e os representantes das associações dos policiais: APPM, Associação da Força Invicta, Associações de Jequié e Itaberaba.
De acordo com a Arquidiocese, as entidades apresentam os pontos deliberados na primeira reunião a membros das bases e o objetivo agora é que esses representantes retornem com as impressões e avaliações dos sindicalistas. A Arquidiocese reitera que Dom Murilo se colocou à disposição tanto para o governo quanto para os sindicalistas.
fonte G1
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