Piratini chamou deputados para reunião e selou acordo pela aprovação
Mari levou o projeto à Assembleia e garantiu que o reajuste é 'histórico'
Crédito: mauro schaefer
A aprovação do reajuste proposto pelo governo ao magistério parece estar garantida. O projeto de reajuste de 23,5%, protocolado ontem na Assembleia Legislativa em caráter de urgência, deverá contar com o apoio unânime da base aliada. O convencimento dos parlamentares começou na manhã de ontem, durante encontro dos líderes da base aliada com os secretários Mari Perusso, da Casa Civil, João Motta, do Planejamento, e a adjunta da Educação, Maria Eulália Nascimento.
À tarde, Mari entregou o projeto para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Alexandre Postal (PMDB). O reajuste proposto, dividido em três parcelas, vai gerar um custo anual de quase R$ 900 milhões ao governo do Estado. Apesar de caracterizar a proposta como "limite do orçamento", Mari não descarta a continuidade do debate. O projeto reconhece também os dias de greve do final de 2011, bem como a ocupação de 1/3 da carga horária dos professores para a preparação de aulas.
O deputado Alceu Barbosa (PDT) salienta que não conhece ninguém que vote contra aumento salarial. O colega pedetista Diógenes Basegio avaliou a possibilidade de mexer nos percentuais, mas diz que a tendência é a aprovação.
O petebista Cassiá Carpes destacou a necessidade de programação continuada de aumentos à categoria, nos moldes do adotado com os delegados, para evitar desgaste do governo.
Outro parlamentar da base aliada, o deputado Mike Breier (PSB), acredita que o projeto passe por unanimidade, mesmo com a pressão contrária do Cpers.
O deputado petista Edegar Pretto caracteriza a proposta como "boa e responsável". Raul Carrion (PC do B) citou que "não existe na história do Estado tamanho aumento". Carrion apontou que a média salarial dos professores passaria de R$ 2,5 mil para R$ 3,5 mil. "Não é a perfeição, mas chegaremos ao Piso nacional até o final do mandato", pontuou.
Fonte: Correio do Povo 08fev2012
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