AGENDA POSITIVA
Na campanha, os servidores se empolgaram com o discurso do candidato Tarso Genro, que fazia sinalizações de valorização do funcionalismo. A estratégia foi importante para a vitória nas urnas, mas criou um efeito colateral que engolfou o Piratini em 2011: ávidos por reajustes, os sindicatos pautaram o primeiro ano do governo por longas negociações salariais.
Agora, o Piratini investe em iniciativas que poderão causar os mesmos resultados na relação com os servidores, que voltam a cobrar a conta após reiteradas afirmações de que não faltará dinheiro para desenvolver o Estado.
– Essas declarações do governador são uma triste ironia em função da miséria que passam os servidores – diz Sérgio Arnoud, presidente da Federação Sindical dos Servidores Públicos (Fessergs).
Ele destaca que, dentre as categorias representadas pela Fessergs, “nenhuma recebeu reajuste de Tarso – incluindo trabalhadores do IPE, do Daer, da saúde e do quadro geral”:
– O governo prometeu diminuir desigualdades, mas só aumentou, ao privilegiar setores como a Fazenda.
O Piratini diz estar consciente das reações, mas acredita que é necessário correr o risco em nome do planejamento para os próximos três anos.
– Esse discurso até pode incentivar os sindicatos a cobrarem ainda mais, mas isso faz parte da disputa política. Temos limites estabelecidos – diz João Victor Domingues, da Assessoria Superior do Governador.
Fonte: Jornal Zero Hora - 05/02/2012
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