Capital recebe 200 PMs do Interior para combater homicídiosBoa parte do grupo de 200 PMs que vêm do Interior para uma missão de dois meses já atuou na Capital.
A ideia é reduzir o índice de homicídios na Região
Às 14h30min de ontem, os 200 PMs vindos do Interior se apresentaram na Capital. Alguns foram indicados, mas a maioria que compõe a força-tarefa de combate aos homicídios da Região Metropolitana é voluntária.
A maioria tem experiência na função e conhece a Capital. A chance de obter um dinheiro também atraiu alguns voluntários. Para surpresa do comando, há lista de 200 nomes que ficaram à espera de uma chamada.
Soldados, sargentos e tenentes foram recebidos na Academia de Polícia Militar pelo secretário de Segurança Pública do Estado, Airton Michels. Dele, ouviram agradecimentos e um alerta:
- Aqui não é o Rio de Janeiro. Não há lugar em que a polícia não entre. Mas os criminosos daqui são diferentes dos do Interior.
Os PMs estão escalados assim: 75 ficarão na Capital e 125 se dividirão entre Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Gravataí e Viamão.
Os PMs estão escalados assim: 75 ficarão na Capital e 125 se dividirão entre Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Gravataí e Viamão.
- A gente não quer sacrificar ninguém, mas quer que trabalhem bem - frisou o comandante-geral em exercício da BM, coronel Altair de Freitas Cunha.
Civis ficarão 120 dias
Os PMs deverão reforçar o policiamento por dois meses. Depois de dois dias de instruções, irão para as ruas. Em breve, deverão se juntar à força-tarefa inspetores e escrivães da Polícia Civil. Estes trabalharão por quatro meses na tentativa de identificar e prender os autores de assassinatos.
Missão dada, missão cumprida
O sargento João Klahr, 42 anos, de Santo Ângelo, é outro com experiência na Capital. Foram dez anos de combate na Região Metropolitana. Quando indicado para a força-tarefa, não hesitou: - Missão dada é missão cumprida.
Para amenizar a saudade, trouxe na carteira a foto de Henrique, três anos. É do filho que mais sentirá falta.
Perfil
- Entre os 200 homens vindos do Interior, há soldados, sargentos e tenentes.
- A maioria é experiente e já trabalhou na Região Metropolitana. Muitos se prontificaram para a missão.
Ele já conhece o território
É a experiência de dois anos no 20º BPM, na Capital, que garante ao soldado Giovani da Silveira, 29 anos, a tranquilidade para encarar o desafio. Ontem, ele chegou de Santana do Livramento, mas a experiência de ter circulado pelo Rubem Berta diz muito. O bairro é a prioridade da BM.
- Estou tranquilo. Sou soldado: o que me determinam, eu cumpro - disse Giovani.
Ruído nas diárias
A expectativa de ganhar dinheiro extra foi frustrada para alguns PMs. Quem pensou nos R$ 100 da Operação Golfinho não gostou da diária de agora, que varia de R$ 57 a R$ 63, dependendo da patente. De acordo com o coronel Altair, nunca foi ventilada essa equiparidade.
Diante da frustração, dois PMs revelaram ao Diário Gaúcho o desejo de voltar ao Interior.
Letícia Barbieri
leticia.barbieri@diariogaucho.com.br
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