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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ministro vai frear criação de sindicatos


O novo ministro do Trabalho, Brizola Neto, foi incumbido de promover uma trégua entre as duas principais centrais sindicais do país e pôr um freio na criação de sindicatos no país. A primeira reunião do ministro com as centrais para traçar esse plano está marcada para amanhã, às 15h.

Dados do Sistema Integrado de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho, atualizados até fevereiro, mostram que existem 9.822 sindicatos de trabalhadores com registro ativo no país. E que, só no ano passado, o ministério recebeu 1.207 pedidos de registro de sindicatos. Todos de olho na parcela da contribuição sindical obrigatória.

Em 2011, as seis maiores centrais sindicais dividiram cerca de R$ 370 milhões, do total de mais de R$ 1 bilhão do imposto sindical arrecadado no país. O bolo é formado pela contribuição obrigatória de um dia de trabalho de todos os empregados com carteira assinada.

Detentoras das duas mais amplas bases sindicais, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical trabalham intensamente para que o governo restrinja a criação de novos sindicatos. Há dois motivos básicos. Como os novos sindicatos surgem de um racha na base de outro já existente, as duas maiores centrais são as que têm mais a perder. Além disso, existe a percepção de que o processo de criação de sindicatos de gaveta sujou a imagem do movimento sindical representativo.

A Força Sindical já preparou uma minuta de acordo que pretende aprovar já na reunião de terça-feira. A proposta é estabelecer que qualquer criação de sindicato terá de passar necessariamente pelo crivo do Conselho Nacional de Relações do Trabalho, colegiado criado pelo governo em 2010 para tratar das questões trabalhistas, onde as grandes centrais têm assento.
Fonte: Correio do Povo de 07mai2012

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