O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou ontem que o conflito entre governo e oposição sobre a votação do projeto que cria o fundo de previdência dos servidores públicos federais vai continuar. "Ele (o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia) explicou que não queria iniciar os trabalhos com um confronto entre governo e oposição Ele queria adiar o conflito. O conflito vai continuar. Não tem negociação mais. Prevejo que a votação vai demorar umas quatro, cinco horas", disse o líder do governo.
Pressionada pelo Palácio do Planalto, parcela da base aliada tentou colocar a proposta em votação na última quarta-feira. No entanto, o projeto foi retirado de votação por Maia após ameaça de obstrução da pauta.
Vaccarezza disse que agora pretende construir um acordo de procedimento com a oposição para que o projeto possa ser votado logo após o Carnaval. Neste caso, o governo passaria a dar prioridade para a votação das quatro medidas provisórias que trancam a pauta. Se não conseguir acordo, o líder afirmou que vai colocar a proposta do fundo em votação. "Nosso prazo limite é o mês de fevereiro. Fazendo o acordo, votaremos as medidas na semana que vem e o Funpresp depois do Carnaval. Sem acordo, votaremos na semana que vem", disse. O PSDB propôs, no início da semana, votar o fundo no dia 28, sem obstrução. Um dia depois de dizer que a ideia era "atrativa", Vaccarezza rejeitou o acordo e forçou a votação sob pressão do Planalto.
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