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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Policiais militares do Distrito Federal entram em greve e decidem fazer operação-padrão

Bahia Policiais militares e bombeiros do Distrito Federal realizaram, em Taguatinga (DF), assembleia onde decidiram entrar em estado de greve
Os policiais militares e bombeiros do Distrito Federal (DF), reunidos em assembleia na noite de quarta-feira, decidiram entrar em estado de greve e iniciar uma operação-padrão a partir desta quinta-feira.

Eles reivindicam principalmente equiparação salarial com os policiais civis e a reestruturação da carreira. A assembleia ocorreu na Praça do Relógio, na cidade de Taguatinga.
Enquanto os oficiais evitam falar em percentuais de reajustes e focam o discurso na equiparação salarial com a Polícia Civil do DF que, segundo eles, é melhor remunerada, os praças (soldados, cabos, sargentos e subtenentes, ou seja, policiais não graduados) cobram um aumento de 52%. O índice foi fixado tomando por base o aumento de 58,06% do Fundo Constitucional entre os anos de 2008 e 2012.
Criado em 2002, o fundo é uma modalidade de transferência de recursos da União para o governo do Distrito Federal custear, integralmente, os gastos com segurança pública e, parcialmente, as despesas com saúde e educação.
Os praças também discutem o retorno do pagamento do adicional de inatividade, no valor de R$ 900; a criação do vale-transporte e o reajuste no auxílio-alimentação para R$ 900, entre outros itens que estavam na pauta da reunião de quarta-feira à noite.
Segundo o presidente da Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros Militares, Sérgio Aboud, o salário dos policiais e bombeiros são os menores na área de segurança pública no DF. Ele reclama também do valor pago aos militares em fim de carreira, que ganham o mesmo que um iniciante.
– Queremos que o governo olhe para nós e cumpra o que foi prometido durante a campanha de eleição do governador Agnelo Queiroz. Não temos intenção de iniciar uma greve para prejudicar a sociedade. Precisamos ser inteligentes, queremos apenas negociar com o governo– disse Aboud à Agência Brasil.
Durante a operação-padrão, os policiais militares vão exigir a presença da Polícia Civil no local de cada ocorrência criminal e fazer o deslocamento da viatura policial dentro da velocidade permitida pela via independentemente da urgência do chamado e a suspensão das autuações de trânsito feitas pela Polícia Militar, entre outras medidas.
A próxima assembleia de negociação com o governo do DF está marcada para o dia 2 de março, na Praça do Buriti.


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