Policiais
militares e bombeiros do Distrito Federal realizaram, em Taguatinga
(DF), assembleia onde decidiram entrar em estado de greve
Os policiais militares e bombeiros do Distrito Federal (DF), reunidos
em assembleia na noite de quarta-feira, decidiram entrar em estado de
greve e iniciar uma operação-padrão a partir desta quinta-feira.
Eles reivindicam principalmente equiparação salarial com os policiais
civis e a reestruturação da carreira. A assembleia ocorreu na Praça do
Relógio, na cidade de Taguatinga.
Enquanto os oficiais evitam falar em percentuais de reajustes e focam
o discurso na equiparação salarial com a Polícia Civil do DF que,
segundo eles, é melhor remunerada, os praças (soldados, cabos, sargentos
e subtenentes, ou seja, policiais não graduados) cobram um aumento de
52%. O índice foi fixado tomando por base o aumento de 58,06% do Fundo
Constitucional entre os anos de 2008 e 2012.
Criado em 2002, o fundo é uma modalidade de transferência de recursos
da União para o governo do Distrito Federal custear, integralmente, os
gastos com segurança pública e, parcialmente, as despesas com saúde e
educação.
Os praças também discutem o retorno do pagamento do adicional de
inatividade, no valor de R$ 900; a criação do vale-transporte e o
reajuste no auxílio-alimentação para R$ 900, entre outros itens que
estavam na pauta da reunião de quarta-feira à noite.
Segundo o presidente da Associação dos Oficiais do Corpo de Bombeiros
Militares, Sérgio Aboud, o salário dos policiais e bombeiros são os
menores na área de segurança pública no DF. Ele reclama também do valor
pago aos militares em fim de carreira, que ganham o mesmo que um
iniciante.
– Queremos que o governo olhe para nós e cumpra o que foi prometido
durante a campanha de eleição do governador Agnelo Queiroz. Não temos
intenção de iniciar uma greve para prejudicar a sociedade. Precisamos
ser inteligentes, queremos apenas negociar com o governo– disse Aboud à Agência Brasil.
Durante a operação-padrão, os policiais militares vão exigir a
presença da Polícia Civil no local de cada ocorrência criminal e fazer o
deslocamento da viatura policial dentro da velocidade permitida pela
via independentemente da urgência do chamado e a suspensão das autuações
de trânsito feitas pela Polícia Militar, entre outras medidas.
A próxima assembleia de negociação com o governo do DF está marcada para o dia 2 de março, na Praça do Buriti.
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