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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ES: Dia da verdade para a PM e BM do Espírito Santo

Dia da verdade para a PM e BM do Espírito Santo

Está marcado para hoje, dia 15 de fevereiro, às 14:30 Assembléia Geral da Categoria PM e BM do Espírito Santo em Vitória.
Após vários dias de negociação, apesar de uma evolução nas negociações, o governo apresentou proposta, que infelizmente não agradou a categoria.
 
A proposta do governo foi:
 
- Aumento do Q.O para abril (Aniversário da PM)
- Lei de 15 anos, inserido no novo Q.O.
- Análise da projeção de estruturas das carreiras, com previsão de conclusão em julho. O resultado desta análise definirá o índice de reajuste. 
- Função gratificada somente para Oficiais. 
A proposta do governo não agradou a categoria, que aguarda um reajuste imediato em seus vencimentos. 
 
A categoria propõe ao governo:
 
- Realinhamento na tabela de soldo e subsídio com índices de ajuste ano 2012, 2013 e 2014 (Tabela já foi apresentada ano passado ao governo).
- Aumento do Q.O. 
- Lei de 15 anos.
 
Revolta
 
Nota-se na tropa uma grande revolta e inconformismo com atitude do governo em não ter apresentado NENHUM índice de reajuste imediato. 
O fato agrava-se porque o governador Casagrande quando era senador apoiava a PEC 300. Inclusive esteve presente na Marcha da PEC300 em Vitória e disse no carro de som, ser favorável a proposta.  Logo que venceu as eleições, Casagrande foi pessoalmente a Brasília, juntamente com outros 3 governadores eleitos pedir ao governo federal que não votasse a PEC 300, pois seria temerário aumentar despesas no primeiro dos estados. Os governadores alegaram que eles mesmos dariam seus respectivos aumentos as suas força policiais. 


A categoria, pacientemente esperou um ano (2011) para que o governo se estabilizasse, tomasse conhecimento da situação do Estado, fizesse seus estudos e enfim apresentasse a categoria o seu "respectivo aumento." O que não ocorreu. 
Agora a tropa cobra uma posição do governo Casagrande. O que está sendo pedido é perfeitamente aceitável e absorvível pelo governo do Espírito Santo. Está na hora do governo Casagrande ser sensível a causa da Polícia Militar e Bombeiro.
Ultimato
As associações de classe redigiram uma carta que foi remetida ao Comandante Geral informando da Assembléia Geral marcada para o dia 15 de fevereiro as 14:30 e solicitando que o governo apresente uma contra proposta a tempo para ser apresentada e discutida na assembléia.
Luz amarela

Foi publicado no renomado Blog do Elimar Côrtes, que:
O alto escalão do governo do Estado passou as últimas horas em contato permanente com os comandantes dos militares estaduais. O governador Renato Casagrande (PSB) e seu secretariado tiveram a garantia de que os policiais e bombeiros militares, que fazem assembleia geral nesta quarta-feira (15/02), dificilmente decidirão pela paralisação.

O otimismo do governo foi repassado pelos comandantes gerais da PM e do Corpo de Bombeiros, respectivamente os coronéis Ronalt Willian e Fronzio Calheiro. O diagnóstico dos dois comandantes é que os representantes das entidades de classe conseguirão se sensibilizar com as propostas apresentadas pelo governo e, assim, vão acalmar a tropa.

O governo já conta com uma vitória parcial: os oficiais, diferente do que eles mesmo já haviam anunciado, farão sua assembleia geral em separado, a partir das 13 horas, no Clube dos Oficiais, em Camburi.

Nessa assembleia, de acordo com o site da Associação dos Oficiais (Assomes), eles decidir se participam, posteriormente, da assembleia geral das demais entidades. Em seu encontro, os oficiais vão discutir os seguintes assuntos: recomposição salarial dos oficiais; reestruturação do Quadro Organizacional da PM e do CB; participação na assembleia unificada das entidades de classe; e informações a respeito do andamento junto ao governo do Estado das reivindicações do oficialato.
Esta postura dos oficiais tem feito ascender a luz amarela entre os praças. O fato do governo do Estado utilizar a antiga e desavergonhada tática de gratificações somente para oficiais também não pegou bem. 
Conhecida há anos, esta proposta é definida como "cala boca". Os praças não estão mais disposto a aceitar isso. "Por que não se cria uma gratificação de execução?", questionou um CB PM que não terá seu nome divulgado. "Somos nós que enfrentando a criminalidade frente a frente", completou.  
Outro soldado do primeiro batalhão ponderou: "É sempre a mesma história, quando o governo vê que os militares estão prestes a declarar algum movimento, ele trata logo de dar um por fora para os oficiais segurarem a tropa."
Barbas de molho
Como os comandantes dos batalhões podem garantir ao governo que não haverá paralisação? Em nenhuma paralisação no Brasil teve adesão de comandantes, pelo contrário, eles agem na maioria das vezes ameaçando a tropa que adere a algum movimento, vide a situação do Rio de Janeiro. Raros são os oficiais que se colocam ao lados dos praças nessas empreitadas de luta por melhores salários. Interessante que quando o movimento consegue avanços, é para todos. E na maioria das vezes os mais beneficiados são os oficiais. 
Esperamos que os oficiais respeitem a decisão que será tomada nesta assembléia. Afinal de contas os policiais tem direito de protestar e lutar por dignidade salarial. 
Talvez Casagrande esteja certo em acreditar que a PM do Espírito Santo não chegue ao ponto chegado pela PM da Bahia, mas não conte com tanta passividade. Há muitos meios legais de fazer uma paralisação. E não tenham dúvida que a tropa está disposta a fazê-la. 
Por isso é de suma importância que os militares estaduais estejam na Assembléia Geral para que todos juntos possamos deliberar sobre qual postura que iremos adotar a partir de agora. 
Editor pec300.com

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