Dia da verdade para a PM e BM do Espírito Santo
Está marcado para hoje, dia 15 de fevereiro, às 14:30 Assembléia Geral da Categoria PM e BM do Espírito Santo em Vitória.
Após vários dias de negociação, apesar de uma evolução nas
negociações, o governo apresentou proposta, que infelizmente não agradou
a categoria.
A proposta do governo foi:
- Aumento do Q.O para abril (Aniversário da PM)
- Lei de 15 anos, inserido no novo Q.O.
- Análise da projeção de estruturas das carreiras, com previsão de
conclusão em julho. O resultado desta análise definirá o índice de
reajuste.
- Função gratificada somente para Oficiais.
A proposta do governo não agradou a categoria, que aguarda um reajuste imediato em seus vencimentos.
A categoria propõe ao governo:
- Realinhamento na tabela de soldo e subsídio com índices de ajuste
ano 2012, 2013 e 2014 (Tabela já foi apresentada ano passado ao
governo).
- Aumento do Q.O.
- Lei de 15 anos.
Revolta
Nota-se na tropa uma grande revolta e inconformismo com atitude do
governo em não ter apresentado NENHUM índice de reajuste imediato.
O fato agrava-se porque o governador Casagrande quando era senador
apoiava a PEC 300. Inclusive esteve presente na Marcha da PEC300 em
Vitória e disse no carro de som, ser favorável a proposta. Logo que
venceu as eleições, Casagrande foi pessoalmente a Brasília, juntamente
com outros 3 governadores eleitos pedir ao governo federal que não
votasse a PEC 300, pois seria temerário aumentar despesas no primeiro
dos estados. Os governadores alegaram que eles mesmos dariam seus
respectivos aumentos as suas força policiais.
A categoria, pacientemente esperou um ano (2011) para que o governo
se estabilizasse, tomasse conhecimento da situação do Estado, fizesse
seus estudos e enfim apresentasse a categoria o seu "respectivo
aumento." O que não ocorreu.
Agora a tropa cobra uma posição do governo Casagrande. O que está
sendo pedido é perfeitamente aceitável e absorvível pelo governo do
Espírito Santo. Está na hora do governo Casagrande ser sensível a causa
da Polícia Militar e Bombeiro.
Ultimato
As associações de classe redigiram uma carta que foi remetida ao
Comandante Geral informando da Assembléia Geral marcada para o dia 15 de
fevereiro as 14:30 e solicitando que o governo apresente uma contra
proposta a tempo para ser apresentada e discutida na assembléia.
Luz amarela
Foi publicado no renomado Blog do Elimar Côrtes, que:
Foi publicado no renomado Blog do Elimar Côrtes, que:
O alto escalão do governo do Estado passou as últimas horas em
contato permanente com os comandantes dos militares estaduais. O
governador Renato Casagrande (PSB) e seu secretariado tiveram a garantia
de que os policiais e bombeiros militares, que fazem assembleia geral
nesta quarta-feira (15/02), dificilmente decidirão pela paralisação.
O otimismo do governo foi repassado pelos comandantes gerais da
PM e do Corpo de Bombeiros, respectivamente os coronéis Ronalt Willian e
Fronzio Calheiro. O diagnóstico dos dois comandantes é que os
representantes das entidades de classe conseguirão se sensibilizar com
as propostas apresentadas pelo governo e, assim, vão acalmar a tropa.
O governo já conta com uma vitória parcial: os oficiais,
diferente do que eles mesmo já haviam anunciado, farão sua assembleia
geral em separado, a partir das 13 horas, no Clube dos Oficiais, em
Camburi.
Nessa assembleia, de acordo com o site da Associação dos
Oficiais (Assomes), eles decidir se participam, posteriormente, da
assembleia geral das demais entidades. Em seu encontro, os oficiais vão
discutir os seguintes assuntos: recomposição salarial dos oficiais;
reestruturação do Quadro Organizacional da PM e do CB; participação na
assembleia unificada das entidades de classe; e informações a respeito
do andamento junto ao governo do Estado das reivindicações do
oficialato.
Esta postura dos oficiais tem feito ascender a luz amarela entre os
praças. O fato do governo do Estado utilizar a antiga e desavergonhada
tática de gratificações somente para oficiais também não pegou bem.
Conhecida há anos, esta proposta é definida como "cala boca". Os praças não estão mais disposto a aceitar isso. "Por que não se cria uma gratificação de execução?", questionou um CB PM que não terá seu nome divulgado. "Somos nós que enfrentando a criminalidade frente a frente", completou.
Outro soldado do primeiro batalhão ponderou: "É sempre a mesma
história, quando o governo vê que os militares estão prestes a declarar
algum movimento, ele trata logo de dar um por fora para os oficiais
segurarem a tropa."
Barbas de molho
Como os comandantes dos batalhões podem garantir ao governo que não
haverá paralisação? Em nenhuma paralisação no Brasil teve adesão de
comandantes, pelo contrário, eles agem na maioria das vezes ameaçando a
tropa que adere a algum movimento, vide a situação do Rio de Janeiro.
Raros são os oficiais que se colocam ao lados dos praças nessas
empreitadas de luta por melhores salários. Interessante que quando o
movimento consegue avanços, é para todos. E na maioria das vezes os mais
beneficiados são os oficiais.
Esperamos que os oficiais respeitem a decisão que será tomada nesta
assembléia. Afinal de contas os policiais tem direito de protestar e
lutar por dignidade salarial.
Talvez Casagrande esteja certo em acreditar que a PM do Espírito
Santo não chegue ao ponto chegado pela PM da Bahia, mas não conte com
tanta passividade. Há muitos meios legais de fazer uma paralisação. E
não tenham dúvida que a tropa está disposta a fazê-la.
Por isso é de suma importância que os militares estaduais estejam
na Assembléia Geral para que todos juntos possamos deliberar sobre qual
postura que iremos adotar a partir de agora.
Editor pec300.com
FONTE: http://policialbr.com/profiles/blogs/es-dia-da-verdade-para-a-pm-e-bm-do-espirito-santo?xg_source=msg_mes_network#ixzz1mSBNNpOh
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