Enquanto isso, aqueles que matam, roubam, estupram e esquartejam o cidadão não podem ser submetidos ao “trabalho obrigatório”.
Os governantes brasileiros deveriam
punir professores, psicólogos, sociólogos, médicos, economistas,
psiquiatras, assistentes sociais e demais profissionais que se
recusassem a trabalhar, em seus dias de folga, em eventos como Carnaval,
São João e jogos de futebol.
Absurdo? Também achamos. Mas parece que o
governo de Sergipe, não. De acordo com matéria do portal Faxaju,
daquele estado, policiais e bombeiros militares – de oficiais a praças –
serão submetidos a um tal de Conselho de Justificação, devido ao
fracasso que foi a segurança do Pré-Caju, evento famoso no estado.
O motivo seria a recusa dos militares de
não trabalharem nos seus dias de folga, algo que é sagrado para a
esmagadora maioria dos demais cidadãos humanos e pais de família deste
país.
Os profissionais perseguidos são
membros-dirigentes de entidades que lutam pelo respeito aos
trabalhadores. Por isso, o governo sergipano estaria usando da
maquiavélica estratégia de “cortar as cabeças para sucumbirem os
corpos”.
- Não dá para entender tanta
perseguição. Os policiais militares e bombeiros militares decidiram em
assembléia que não iriam trabalhar em suas folgas. É nossa a culpa? –
questionou um dos dirigentes ao citado portal.
Direitos humanos?
No Brasil, o sujeito que mata, rouba,
estupra e esquarteja um cidadão não é obrigado ao trabalho forçado. Na
Polícia Militar de vários estados, o cidadão pai de família não tem
outra saída. Onde estão aqueles que se dizem “defensores dos Direitos
Humanos”?
Direitos iguais?
Ora, se o que potencializa a violência é
a falta de saúde, emprego, educação, assistência social, psiquiatra,
psicológica e outras necessidades mais, todos os profissionais dessas
áreas deveriam usar seu dia de folga para tratar, medicar, ensinar,
aconselhar, orientar e transformar os maus elementos em homens de bem. O
governo instala ‘salas da salvação’ em locais estratégicos dos eventos,
e a polícia conduz os indivíduos de mau comportamento até esses pontos
de atendimento, em vez de levá-los à delegacia.
Assim, todos fazem a sua parte. Perdem seu dia de folga, mas tudo “em nome da urgência e necessidade”.
Se tiver estômago, confira mais detalhes
5 PMs PODERÃO SER EXPULSOS DA CORPORAÇÃO
Cinco policiais militares podem ser expulsos da corporação, tendo como
um dos motivos, a deflagração do movimento “Tolerância Zero II”.
O comando da Policia Militar abriu
conselho de justificação contra o presidente da Assomise, major Adriano
Reis, capitão Ildomário, diretor da AMESE e tenente Ribamar. Da mesma
forma foi aberto um Conselho de Disciplina contra os diretores da Amese,
sargentos Edgard Menezes e Jorge Vieira e sargento Prado.
Até o momento os militares não foram
informados sobre o motivo que levou o comando a instaurar esses
procedimentos, mas o que se sabe é que estão sendo responsabilizados
pelo “fracasso” da segurança no Pré-Caju.
Procurados pela reportagem do FAXAJU, os
militares disseram que vão aguardar serem convocados para saberem o
motivo e do que estão sendo acusados. Caso eles sejam considerados
culpados, os militares poderão ser excluídos da corporação.
“Não da para entender tanta perseguição.
Os policiais militares e bombeiros militares decidiram em assembléia
que não iriam trabalhar em suas folgas. É nossa a culpa?”, questionou um
dos dirigentes.
Há comentários que a cúpula da Segurança
Publica não está aceitando a decisão tomada pelos PMs e BMs.
Recentemente eles decidiram não dirigir e não sair com as viaturas que
não estivesses devidamente regularizadas. O que se sabe é que até a
semana passada, cerca de 80% dos veículos da PM circulavam de forma
irregular, ou seja sem estarem devidamente emplacadas. “De quem é a
culpa dessas viaturas estarem circulando de forma irregular?, será que
vão dizer que é dos representantes das associações?”, questiona um
policial.
Outro ponto que virou motivo
comentários, seria o “abismo salarial que há entre as policias civil e
militar, alem do tratamento dispensado pela SSP as duas policias”. “É um
abismo grande que há entre o nosso salário e o da PC. Eles merecem isso
e muito mais, só que nós também fazemos parte da mesma secretaria.
Então porque tamanha diferença. O tratamento que a SSP dispensa à PC não
é o mesmo que dá a PM”, desabafou um dirigente.
Sobre a segurança no Pré-Caju, os
representantes das Associações contam que foi realizado uma audiência no
Ministério Publico Estadual, onde foi discutido o efetivo da policia
militar e lá foi comprovado que não havia condições de a PM fazer a
segurança do Pré-Caju e atender a todos os municípios do estado, já que o
efetivo é menor do que o necessário.
Matéria atualizada às 12:30h para acréscimo de informações
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