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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Projeto de Lei 1992/07 - Reforma da previdência (Servidor da União)

Governo quer votar nova previdência para servidor até o dia 14, diz ministra
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, disse que espera que o projeto que cria o Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público da União (Funpresp) possa ser votado na Câmara dos Deputados até o dia 14 de dezembro.
O projeto que cria o fundo tem como objetivo reduzir o deficit da previdência. Pela proposta, os servidores terão aposentadoria até o teto do INSS, que atualmente é de R$ 3,6 mil, e se quiserem receber acima desse valor, deverão contribuir com o fundo complementar.
Segundo Ideli, a expectativa do governo é que possa haver um acordo entre os líderes da Câmara e do Senado para que a proposta seja votada nas duas Casas ainda neste ano.
"Nossa idéia é poder votar, no mais tardar, até o dia 13, 14. Gostaríamos que os líderes do Senado pudessem participar do acordo que está sendo buscado na Câmara até numa hipótese de, havendo concordância, votado na Câmara, ainda poder ser votado este ano no Senado, É difícil, mas não impossível", disse a ministra.
Ideli esteve no Senado na tarde desta quinta para uma reunião com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), sobre os projetos em votação na próxima semana. Na terça (6), será colocado em votação o projeto do novo Código Florestal. Na quinta (8), a expectativa é de votação do projeto que prorroga até 2015 a Desvinculação de Receitas da União (DRU).


Previdência do servidor: Governo cede
Na ânsia de aprovar o plano de previdência do servidor público federal, a equipe da presidente Dilma Rousseff cedeu a uma série de reivindicações da categoria. Depois de reuniões com os líderes da base aliada do governo, representantes do Palácio do Planalto aceitaram a possibilidade de arcar com as diferenças de custos das aposentadorias para mulheres, para servidores que desempenham atividades de risco e das especiais, que são aquelas concedidas com menos tempo de contribuição para policiais, por exemplo. Além disso, o governo vai cobrir os benefícios por invalidez e criará um subfundo de longevidade para garantir o pagamento do benefício até o fim da vida dos segurados.
"O projeto inicial não garantia isso. Se o servidor vivesse acima do tempo estabelecido na hora de definir a contribuição para o fundo de previdência complementar, ficaria apenas com o teto de quem se aposenta pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)", explicou o deputado Maurício Quintella Malta Lessa (PR-AL), relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) do Projeto de Lei 1.992/07, que estabelece o novo sistema para o funcionalismo.
Pela proposta, para garantir o teto do INSS, atualmente em R$ 3.691,74, o servidor terá de contribuir com parte de seu salário – definida em 7,5% da remuneração – e a União fará uma contrapartida no mesmo valor. Com as concessões que o governo fez, esse percentual sobre o salário poderá subir para 8,5%, tanto para os cofres públicos quanto para o funcionalismo. “O governo evoluiu bem e vamos chegar a um meio-termo sobre a alíquota da União”, garantiu o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). "Para a União, isso é um grande negócio. Hoje, ela contribui com 22% e ainda paga o déficit", afirmou Lessa. O rombo da previdência do setor público supera R$ 52 bilhões por ano.
O governo ainda está detalhando as mudanças. Apenas depois de analisar os novos custos do sistema o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deverá bater o martelo sobre as alterações. Mas todo o esforço é para que a votação da proposta seja concluída em até 15 dias no Congresso. Se o texto for aprovado, a nova regra só valerá para os servidores que ingressarem no serviço público após as mudanças.

Fonte: Blog do Servidor

http://www.abojeris.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=925:projeto-de-lei-199207-reforma-da-previdencia&catid=22:noticias

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