Num
último esforço para por fim ao movimento grevista da Polícia Militar,
iniciado na manhã do último sábado (3), o governador Confúcio Moura
participou pessoalmente da reunião convocada pelo desembargador Walter
Waltemberg para tentar uma conciliação. O governador conversou com
lideranças dos grevistas, quando mais uma vez falou da limitação
financeira do Estado e reafirmou a proposta oficial de conceder 12,6% de
reajuste em três parcelas de 4,2%, com a antecipação de uma das
parcelas.
A proposta do governo é conceder 12,6%
da seguinte forma: parcelas de 4,2% em janeiro e outubro de 2012, e
abril de 2013, mais as duas parcelas do reajuste linear anual a todos os
servidores, nos meses de abril e outubro. Na reunião no Tribunal de
Justiça na tarde desta sexta-feira (8) o governador aceitou antecipar a
parcela de 4,2% que seria paga no mês de outubro, para o mês de agosto.
Os grevistas insistem no pedido de 44%,
número apresentado pela categoria como o acumulado das perdas salariais
nos últimos dez anos. Não apresentaram até agora, porém, com base em
qual indicador econômico chegaram a tal índice. Nesta manhã o secretário
de Segurança Pública, Marcelo Bessa voltou a reunir o Gabinete de
Gestão Integrada, que reúne todos órgãos ligados a segurança pública,
mais Exército, Ministério Público, Judiciário e outros, quando afirmou
que em nenhum momento o governador Confúcio Moura ou qualquer membro de
seu governo tenha firmado compromisso com outro índice de reajuste
diferente dos 12,6%.
“O governo se comprometeu a estudar o
pedido de reajuste, mas jamais firmou compromisso com o índice de 44%.
Desafio qualquer liderança do movimento a apresentar uma ata ou gravação
que contenha um compromisso do governo”, disse Bessa, ao contestar a
informação que vem sendo disseminada pelos grevistas de que o governo
descumpriu acordo.
PEC 300
Para o comandante geral, coronel Paulo
Cesar Figueiredo, com os reajustes oferecidos pelo governo, o soldo do
soldado vai para R$ 3,15 mil, muito próximo do que reivindica a classe
dos soldados de todo o Brasil, que estão mobilizadas pela aprovação da
PEC 300, que se aprovada definirá um piso nacional em torno de R$ 3,2
mil a 3,4 mil.
Enquanto a PM se mantém em greve, o
governo continua recebendo reforço de policiais da Força Nacional. Nesta
sexta-feira (9) são esperados mais 198 homens. De acordo com o
secretário Bessa, da Segurança, mesmo com a polícia militar em greve,
será possível baixar os índices de criminalidade na capital. Bessa
aproveitou para advertir os grevistas que qualquer tipo de ataque aos
policiais da Força Nacional, como já ocorreu, será crime federal e os
envolvidos serão levados, por conseqüência, à Polícia Federal.
Exército
No início desta noite o secretário Bessa
divulgou nota na qual comunica a autorização da presidente Dilma
Roussef, para que o Exército possa atuar na Garantia da Lei e da Ordem
em Rondônia. Acompanhado do Comando da PM, Bessa se reuniu com o general
comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, Ubiratan Poty, para
definir as ações de emprego da tropa do Exército, de modo a restituir a
total normalidade do policiamento em todo o Estado.
A autorização da presidente Dilma foi
publicada no Diário Oficial da União número 235, desta quinta-feira, à
folha 02. Serão empregados 1.200 homens da operação.
Fonte: Rondonoticias
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