Ugeirm: base da Polícia Civil entra em greve se governo só aumentar salários de delegados
O Sindicato dos Escrivães,
Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm)
decidiu, em plenária estadual, entrar em greve, de imediato, se o
governo gaúcho anunciar a intenção de equiparar os salários de delegados
e procuradores do Estado sem aumentar, também, os vencimentos da base
da Polícia Civil. “Não se pode aceitar uma polícia bem paga e outra
miserável. Encaminhamos proposta de tabela salarial para todos os
policiais gaúchos para ser cumprida em sete anos. A reivindicação é
viável, cabe no orçamento”, sustentou o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz.
O sindicalista lembrou que, ao
encerrar as negociações com os agentes policiais, em setembro, o chefe
da Casa Civil, Carlos Pestana, se comprometeu a voltar a discutir
índices com a categoria em caso de reajustes superiores concedidos
depois da negociação
inicial para outros cargos da Polícia Civil. O líder sindical disse que
a Polícia Civil vai entrar em colapso, caso o governo reajuste o
salário somente dos delegados.
O governo ofereceu 10% para a categoria a partir de janeiro, mas a proposta foi recusada. O Piratini pretende encerrar as negociações
com a Associação dos Delegados de Polícia (Asdep) ainda nesta semana.
“Não aceitaremos exclusão das categorias de base de política salarial
com os delegados”, anunciou Ortiz, que disse duvidar da possibilidade de
equiparação salarial entre os delegados e os procuradores.
Os inspetores e escrivães tiveram R$ 91
de aumento no vencimento básico divididos em duas parcelas, sendo que a
segunda, de R$ 51, só vai ser quitada em abril de 2012. Um agente
policial vai fechar, daqui a cinco meses, cerca de 10% de reajuste. O
Piratini alegou, ao encerrar negociação, estar no limite da capacidade
orçamentária.
Governo espera concluir negociação com os delegados até quinta
O secretário da Segurança, Airton
Michels, disse, nessa terça-feira, acreditar que a alternativa para as
negociações com os delegados de Polícia seja encontrar um meio termo
entre as propostas apresentadas. Segundo Michels, enquanto o governo do
Estado oferece 10% de reajuste e antecipação do debate por melhores
salários, a categoria projeta prazo de cinco anos para equiparar os
vencimentos com os dos procuradores de Estado. O secretário está
confiante em um desfecho, nesta semana, com a retomada do diálogo com a
classe. A expectativa é de que a audiência entre o secretário da Casa
Civil, Carlos Pestana, e a Asdep ocorra entre quarta e quinta-feira.
Ouça o áudio: Presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul, Isaac OrtizFonte: Rádio Guaíba
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