Antunes (c) ouviu críticas da oposição, mas aliados garantiram votação
Alíquota descontada dos servidores públicos estaduais sobe para 13,25%
Após mais de três horas de manifestações dos deputados de oposição na tribuna, a proposta do Piratini que eleva o índice previdenciário de 11% para 13,25% foi aprovada por 29 votos a 24. Somente o líder do governo na Assembleia, Valdeci Oliveira (PT), foi à tribuna defender o projeto. Apesar disso, sua manifestação foi ofuscada pelas vaias dos servidores presentes nas galerias, a maioria da União Gaúcha em Defesa da Previdência Pública e do Cpers.
Proposta semelhante, aprovada na Assembleia no ano passado, foi declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça. O projeto de 2011 elevava o índice de 11% para 14%. Mesmo com placar apertado (o projeto necessitava de, no mínimo, 28 votos para ser aprovado), Valdeci Oliveira comemorou o novo índice, apontando que o governo Tarso Genro tem "absoluto compromisso" com a questão da Previdência. "Mesmo sabendo que o aumento não resolve a questão, é um primeiro passo", declarou.
A oposição queixou-se da falta de discussão do projeto, que seguiu para a Casa em urgência. "Lamento a aprovação. Esse projeto é apenas um tapa-cárie", apontou Frederico Antunes (PP). "O aumento real ao servidor público do Estado é de 20,45% e não apenas de 2,5%. Isso é confisco", afirmou o líder da bancada tucana, Lucas Redecker. "A aprovação não me surpreendeu. O governo seduz sua base e a mantém quieta e obediente", manifestou Giovani Feltes (PMDB). "Repassaram mais custo para os servidores que cobram reajuste salarial", declarou o líder da bancada do PP, João Fischer.
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