Segundo informações de testemunhas Rangel Gomes havia entrada na
concentração do Bloco Furacão que aconteceu na AABB, com um Abadá
emprestado de um amigo, e como já tinha devolvido para ele, o mesmo
havia ficado sem a camiseta que dava direito a permanência no evento,
com isso os seguranças de uma empresa de segurança chamada “Tork” que
ninguém sabe se é autorizada, o pegaram e começaram a empurrá-lo para
fora, como ele não quis sair partiram pra violência e assim conseguiram
expulsá-lo do clube, como os organizadores haviam chamado a polícia, que
ao chegarem na porta encontraram o rapaz forçando a entrada novamente.
Os PM’s tentaram prendê-lo, e para isso usaram a arma de choque TASER
“não letal”.
Testemunhas que não quiseram se identificar contaram ainda que
Rangel estava meio molhado, provavelmente de cerveja, e a descarga
empreendida pela polícia foi mortal. Após ver que a vitima havia
desmaiado os policiais levaram-no para o hospital municipal e na pressa
não arrancaram nem os ganchos da arma de choque como pode ser visto na
foto acima.
Após ficarem sabendo da morte, muitas pessoas se dirigiram para o
necrotério do hospital municipal “Pedra”, onde foi preciso chamar
policiamento para preservar o corpo, já que todos queriam entrar na sala
para ver o rapaz morto e muitos queriam tirar o lençol que o cobriam.
De início os parentes da vítima não queriam deixar remover o corpo
do local, e só após a explicação feita pelo próprio comandante da 5ª
CIPM Major Miranda de que o corpo teria que ser levado para o IML em
Araguaína para se saber a causa da morte foi que os parentes concordaram
em deixar levar.
Em conversa com a avó da vítima, a senhora muito chorosa nos contou
que Rangel havia saído a poucos dias de uma clinica de dependência
química.
Versão da polícia
A polícia militar emitiu nota sobre o fato ocorrido que pode ser lida logo abaixo:
5ª Companhia Independente da Polícia Militar - Assessoria de Comunicação
Nota de esclarecimento
Em relação ao fato ocorrido na noite do último dia 19, por
volta das 18h30min, em que acabou por falecer o Sr. Rangel Gomes
Gonçalves Oliveira, de 18 anos de idade, a Polícia Militar do Tocantins,
por meio da 5ª Companhia Independente de Polícia Militar, sediada em
Tocantinópolis/TO, considera o episódio uma fatalidade e esclarece que
todos os procedimentos legais concernentes ao fato foram tomados, antes,
durante e posteriormente ao ocorrido.
Antes do fato o Sr. Rangel participava da concentração do Bloco
Carnavalesco “Furacão”, que ocorria no Clube Recreativo da Associação
Atlética Banco do Brasil (AABB), em Tocantinópolis. O Sr. Rangel
apresentava visível estado de embriaguez alcoólica. Após um surto de
agressividade e total descontrole, o Sr. Rangel começou a agredir de
forma indiscriminada as pessoas que com ele participavam da festa, bem
como à equipe de seguranças particulares que trabalhavam no local e
procurava conter sua impulsiva agressividade, o qual foi retirado do
interior do clube pelos seguranças e colocado para fora, na parte da
frente do recinto.
Já do lado de fora do clube, em frente ao portão deste, o Sr.
Rangel permanecia descontrolado e agressivo, desferindo socos e pontapés
nas pessoas que também permaneciam ali, na portaria do clube. A polícia
Militar foi chamada para conter o cidadão. Dois policiais militares
chegaram inicialmente ao local, e se depararam com o Sr. Rangel
agredindo a equipe de seguranças, que permanecia na portaria a fim de
impedir seu retorno para o interior do clube. Os dois militares,
juntamente com os seguranças, tentaram imobilizar o cidadão agressor,
mas, devido a seu porte físico avantajado, ao seu total descontrole e a
sua resistência, não conseguiram contê-lo.
Na tentativa de imobilizá-lo e contê-lo, foi solicitado mais
reforço policial, que chegou minutos depois. Mesmo com a chegada do
reforço, foi necessário fazer uso da tonfa para tentar dominar e
imobilizar o Sr. Rangel, pois o mesmo continuava a desobedecer à ordem
para se entregar, outrossim, passando também a agredir os policiais
militares e recusando-se a ser algemado. Diante da situação, não houve
outra alternativa, senão a de fazer mais uma vez o uso progressivo da
força, quando foi efetuado um disparo com a pistola elétrica não letal
“TASER”, que era o armamento adequado para utilização naquela situação,
vindo os dardos a atingir o tórax do agressor, sendo que somente nesse
momento o cidadão foi dominado e levado ao Hospital Municipal de
Tocantinópolis para retirarem-se os dardos, ficando o Sr. Rangel sob
cuidados médicos a partir de então.
Após chegar ao hospital, o médico de plantão constatou que o Sr. Rangel havia entrado em estado de óbito.
Diante da informação de que o Sr Rangel havia morrido, o
Coordenador do Policiamento de plantão no dia tomou as providências
referentes a contatar o IML (Instituto de Medicina Legal), para realizar
a autópsia no corpo, a fim de constatar a causa mortes do Sr. Rangel,
bem como foi feito o recolhimento da arma e do cartucho utilizados na
ocorrência para imobilizar o agressor, a fim de serem apresentados ao
Delegado de Plantão do dia, Dr. Tiago Daniel de Morais, para serem
juntados ao processo que será aberto para investigar o fato e para serem
periciadas posteriormente.
O policial militar que efetuou o disparo foi apresentado ao
delegado de plantão, ouvido e liberado em seguida, por ter agido em
estrito cumprimento do dever legal e ter feito o uso progressivo e
moderado da força, uma vez que as guarnições que atenderam a ocorrência
atuaram embasadas nos três princípios que sustentam o uso progressivo da
força: A necessidade, pois todo aquele que agride a sociedade é preciso
ser contido; a razoabilidade, pois no momento era razoável retirar do
local o agressor para não continuar agredindo, nem tampouco sofrer
revide da parte das pessoas que ele agredia; e proporcionalidade, uma
vez que inicialmente tentou-se conter a situação verbalizando com o
agressor, o qual continuou com seu ímpeto de agressividade, tendo sido
necessário usar posteriormente a tonfa e a pistola TASER, ambas armas
não letais.
Por fim, a PMTO informa que serão tomadas todas as medidas
legais para que o caso seja esclarecido, uma vez que já foi instaurado
um Inquérito Policial na Delegacia, bem como foi instaurado um Inquérito
Policial Militar – IPM, neste Quartel. A indicação precisa da causa da
morte somente será esclarecida após a conclusão dos trabalhos pelo IML.
(Ten Maciel - Ascom 5ª CIPM)
Fonte: Site Surgiu
Fonte: Site Surgiu
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