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Presidente recebeu aplausos do público e vaias de servidores federais
Crédito: roberto stuckert filho / pr / cp
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Sob vaias de funcionários em greve e
aplausos do público, a presidente Dilma Rousseff defendeu veladamente
ontem, em Minas Gerais, sua política de não ceder às reivindicações dos
grevistas do serviço público. Foi em Rio Pardo de Minas, município de 30
mil habitantes, durante a solenidade de ampliação do Programa Brasil
Sorridente, que promove a saúde bucal. Enquanto os cerca de 40
servidores gritavam "A greve continua. Dilma, a culpa é sua", a
presidente, aparentando contrariedade, mas tentando se mostrar
tranquila, afirmou que sua prioridade para enfrentar os efeitos da crise
europeia será dirigir recursos públicos para manter empregos no setor
privado, o que irritou ainda mais os ativistas. "Este é um país que tem
de ser feito para a maioria de seus habitantes. Não pode ser feito só
para uma parte deles. (...) Queremos todos os brasileiros empregados,
recebendo seus salários e recebendo serviços públicos de qualidade",
afirmou, a cerca de 40 metros do local onde gritavam os manifestantes,
cercados por policiais militares e seguranças. Mais uma vez,
Dilma defendeu o destino de recursos aos mais pobres. "Queremos que as
crianças tenham o mínimo necessário e que esse mínimo necessário dê
condições dignas para ela e sua família. Queremos que os jovens tenham
acesso à educação", disse, levando os manifestantes a vaiar mais. A
presidente encerrou o pronunciamento de cerca de dez minutos com um
agradecimento irônico. "Queria dizer a vocês que me orgulho, como (o
ex-presidente) Juscelino (Kubistchek), de ter estado aqui nesta cidade.
Não vou esquecer vocês, não vou esquecer esta recepção. E, sobretudo,
quero dizer que fico sempre muito feliz de ver a forma tão amigável como
Minas recebe a gente."
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Fonte: Correio do Povo 11 ago2012
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