O embate entre aliados históricos, que surpreendeu até a oposição, fez com que o magistério, a mais numerosa categoria do funcionalismo público estadual, com 59.929 servidores, estivesse entre os articuladores do maior ato de protesto realizado contra o governo petista, na última quinta-feira, e agora fale em paralisação, mesmo após ter negociado o reajuste salarial de 2011. Para marcar posição contrária ao pacote de sustentabilidade financeira enviado pelo governo à Assembleia, o Conselho geral do Cpers definiu, na sexta-feira, que fará um dia de paralisação em 14 de junho, com caminhadas e atos públicos nas regiões abrangidas pelos 42 núcleos do sindicato.
O Cpers vai exigir a retirada do pacote da Assembleia. O sindicato marcou uma assembleia geral em 22 de junho para discutir paralisação nas datas previstas para os projetos irem a votação.
O magistério se posiciona contra o pacote como um todo, mas a discórdia se concentra sobre o projeto de lei complementar 189/2011, que trata das mudanças na Previdência estadual, e o projeto de lei 191/2011, que estabelece mudanças nos prazos de pagamento das requisições de pequeno valor (as RPVs). Ambos encaminhados em regime de urgência ao Legislativo.
FONTE: JORNAL CORREIO DO POVO ANO 116 Nº 248 - PORTO ALEGRE, DOMINGO, 5 DE JUNHO DE 2011
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