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Professores prometem não ceder às tentativas de adotar meritocracia
Crédito: cristiano estrela / cp memória |
Alimentado pela possibilidade de ocorrer uma tentativa do Executivo de alterar o plano de carreira da rede estadual, aumenta o tensionamento das relações entre o magistério e o governo do Estado. Declarações do governador Tarso Genro, na Coreia do Sul, sobre a possibilidade de pagamento de bônus por qualificação aos professores e a solicitação de informações sobre o novo plano de carreira do magistério do município de Canoas, administrado pelo petista Jairo Jorge, pioraram uma relação já debilitada por divergências em relação ao pacote de sustentabilidade financeira.
O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, saiu a campo para afirmar que o governo se comprometeu a não mudar o plano e minimizar a possibilidade de crescimento dos conflitos. "Não se pretende adotar o modelo de Canoas. O caso da cidade serve como exemplo de negociação bem-sucedida. Mas o contexto é bem diferente", assegura Pestana.
Os professores lembram que, nas tratativas sobre o reajuste, a alteração no plano de carreira é sugerida na mesa de negociação. A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, avalia, contudo, que o governador está tentando tirar o foco do pacote, mas ressalva que as categorias estão preparadas para combater tentativas de mudanças no plano e projetos que incluam a meritocracia. "O governo se comprometeu a não mexer. Se mexer, estará descumprindo sua palavra. Não há mecanismo legal que impeça, mas temos ânimo e disposição política."
O governo não esconde considerar que o plano de carreira atual engessa reajustes devido ao efeito cascata que está atrelado a qualquer aumento sobre o vencimento básico. "Quando falam em mexer, a preocupação é alterar o básico. Porque o próprio sindicato mantém a ideia do plano menos pelo piso e mais porque o plano proporciona a indexação do conjunto da carreira", diz Pestana. |
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