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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tendência de greve no ensino estadual

Assembleia do Cpers votará indicativo de paralisação da categoria

Dos 42 núcleos do Cpers/Sindicato, 29 decidiram aprovar o indicativo de greve por tempo indeterminado em suas assembleias regionais. As últimas decisões foram tomadas ontem em Cruz Alta, Santa Maria, Uruguaiana, São Luiz Gonzaga (pela greve), Santiago (greve em março) e Ijuí (contra a greve). A decisão final cabe à assembleia geral, que ocorre amanhã, às 13h30min, no Gigantinho, na Capital. A tendência é pela aprovação do estado de greve por tempo indeterminado.

Cinco núcleos decidiram apoiar greve a partir de março de 2012 e seis foram contrários à paralisação. Outros dois informaram que vão acatar a decisão da assembleia. "A assembleia geral é a instância máxima da entidade. Por enquanto, temos indicativo de greve", disse a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira.

A categoria reivindica a implantação imediata do piso salarial para professores, aprovado em 2008, de R$ 1.187. Hoje o professor recebe R$ 790 para 40 horas semanais. O governo aceita pagar o piso até o fim do mandato de Tarso Genro, em 2014. Os professores protestam ainda contra a reforma educacional proposta pelo governo, que inclui novo sistema de avaliação do magistério, alteração no plano de carreira e no Ensino Médio.

Para Rejane, o ponto mais grave da proposta talvez sejam as mudanças no Ensino Médio. "O governo quer aprofundar as desigualdades, fazendo com que o aluno seja uma mão de obra barata atendendo às necessidades do empresariado", criticou a sindicalista, que defende a decisão de iniciar uma greve em pleno final do ano letivo. "O governo, além de não pagar o piso, tenta fazer uma reforma com a qual não estamos de acordo", afirmou.

Fonte: Correio do Povo de 17nov2011

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