O
sindicato vem recebendo inúmeras mensagens dos colegas, especialmente
dos agentes de polícia, nas quais solicitam a posição do Sinpol-RS com
relação à verticalidade salarial entre as carreiras policiais de agentes
e delegados. Há quem se utiliza desta bandeira para diversos fins:
equilíbrio econômico, segurança financeira, atrelamento salarial,
princípio democrático, remuneração justa etc. Mas o que é de fato uma
verticalidade salarial? Que significado possui ela de direito e de fato? A
de direito entre as carreiras é inconstitucional. E a de fato, que se
pode buscar, é a verticalidade política que é a possível verticalidade
salarial.
Toda
a campanha por “verticalidade salarial” soa muito bem a qualquer
profissional de carreira. Principalmente aos colegas da Polícia Civil do
Rio Grande do Sul. Seja administrativo, agente ou delegado, todos estão
ganhando baixos salários. Nossos ouvidos querem ouvir a seguinte
certeza: “se alguém subir, eu vou junto”.
A situação é indigna para todos os profissionais
A
primeira medida é de consciência do governo do estado em reconhecer que
os servidores da Polícia Civil ganham mal. Todos estão contando os
centavos no final do mês. Essa situação atinge em especial aos recém
empossados que iniciam na carreira policial, delegados e agentes, e
muito mais ainda os administrativos na Instituição.
A
segunda medida é o trabalho de convencimento junto ao governo e
gestores públicos da lembrança da situação de penúria da categoria. Esse
trabalho vem sendo desenvolvido por este sindicato e pelas demais
entidades classistas da Polícia Civil. Cada qual a sua maneira aprovada
por instâncias superiores à direção de cada entidade. Princípio da
autonomia. Se estiver sendo feito bem ou mal o futuro é testemunha de
glórias ou insucessos.
O
sindicato tem por obrigação sempre trabalhar o equilíbrio financeiro
salarial, justo e democrático de sua categoria. As assembléias gerais do
Sinpol-RS definem o rumo de trabalho sindical. A ninguém é dado o
direito de vender ilusões. Muito menos por quem representa todos os
servidores da Polícia Civil, eleitos que fomos para assumir um mandato
de três anos. Muito menos ainda falsear o rumo definido pela instância
superior de nossa entidade. Uma decisão de assembléia geral é soberana,
mesmo que venha contrariar opiniões de dirigentes. O sindicato somos
todos nós com responsabilidade e ética.
Incorporação antecede a verticalidade política
Cabe
esclarecer que na última reunião ocorrida na Casa Civil, com as
entidades de classe, ante a posição do governo em remeter projeto de
aumento salarial que não satisfazia por inteiro as nossas pretensões,
enquanto alguns discutiam paralisação, o Sinpol-RS propôs a incorporação
do risco de vida e Giap ao salário básico, visando a verticalidade
política.
A
idéia da incorporação vingou e hoje é utilizada como bandeira por este
sindicato. Continuamos trabalhando para a concretização dessa meta,
inclusive com planejamento pronto para tratar o assunto junto ao
governo. Um assunto de cada vez, característica pragmática dos atuais
gestores do Palácio Piratini que influencia o secretariado e os demais
escalões do Estado.
A possível verticalidade tem o apoio do Sinpol-RS
A tabela salarial (clique aqui para ver)
proposta pela Associação dos Comissários de Polícia-ACP-RS, enviada ao
Governo Tarso, tem o apoio deste sindicato e de outras entidades
classistas da Polícia Civil e Brigada Militar. Por razões que
desconhecemos não teve apoio das associações de delegados e oficiais
PMs.
A
tabela é uma proposta a ser discutida na matriz salarial de março de
2012. Nela está implícita a verticalidade possível, que prevê aumento
gradual dos salários em sete anos, até março de 2019. O mérito da
construção da proposta é da ACP-RS. Todas as demais entidades apoiaram a
iniciativa dessa verticalidade política. Ela traz remuneração justa
para todos. Devemos apoiar e trabalhar para a sua concretização.
Fonte: http://www.sinpolrs.com.br
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