Ocorreu na
quarta-feira, 28, na Casa Civil, audiência entre a Associação dos
Comissários de Polícia (ACP) e o Sindicato dos Escrivães, Inspetores e
Investigadores de Polícia (Ugeirm). O governo não formulou nenhuma
proposta, o que deverá fazer em cerca de 15 dias, mas sinalizou que não
vai apostar no abismo salarial.
O
chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, disse que “o objetivo do governo
não é aprofundar nenhum fosso salarial, mas diminuí-lo”. O Palácio
Piratini espera concluir proposta até a segunda semana de janeiro. “O governo precisa pensar em outros segmentos da segurança quando negocia com uma categoria”, frisou Pestana.
Os
representantes das entidades reiteraram que a solução que irá pacificar
as diversas reivindicações é salário na proporção certa para todos. Tabela de verticalidade a ser cumprida em sete anos, e que tem viabilidade orçamentária, já foi encaminhada ao governo.
Mobilização
A
Ugeirm credita à mobilização dos agentes pela verticalidade o avanço
nas negociações. Ainda que não exista nenhuma proposta concreta, é
preciso reconhecer, no plano dos discursos, importante correção de rota.
É necessário
ampliar essa mobilização até que proposta salarial que contemple a
verticalidade torne-se conhecida. Mais ainda porque existe mobilização
contrária, isto é, para que os agentes sejam excluídos.
O sindicato reiterou que não irá aceitar nenhuma proposta que contemple apenas uma categoria, o que criaria grave crise. Foi
sugerido que o governo não encaminhe nenhuma proposta isoladamente para
evitar acirramento de ânimos: tudo o que for proposto a uma categoria
deve ser levado a outras, preferencialmente, no mesmo dia.
Além
das plenárias da Ugeirm em Santa Maria e Caxias do Sul, das quais a ACP
participou, policiais de diversas regiões articularam moções de apoio
de prefeitos e vereadores: Passo Fundo, Santa Maria, Porto Alegre,
Encantado, São Valério do Sul, Espumoso, Bento Gonçalves, Arroio do
Meio, Santo Ângelo, Restinga Sêca, Agudo, Santo Augusto, Bagé, Lajeado,
Palmeira das Missões, municípios da região carbonífera (São Jerônimo),
entre outros.
Cumpra-se a Lei
A
Operação Cumpra-se a Lei é uma campanha permanente, orientada, em nível
nacional, pela Cobrapol. É importante mantê-la e ampliá-la, em
conformidade com as deliberações dos próprios agentes em seus
respectivos locais de trabalho. Esta campanha também se revelou efetiva
para a valorização do trabalho dos agentes policiais para negociações
salariais.
Fonte: UGEIRM
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