Um dia depois da decisão liminar da Justiça contra a
alíquota de 14% de desconto previdenciário, o Supremo Tribunal Federal
(STF) abriu nesta sexta-feira (11) o prazo de cinco dias para que a AGU
(Advogacia-Geral da União) se manifeste sobre outra medida polêmica que
integrava o chamado Pacotarso. Por decisão do ministro Dias Toffoli,
relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 4668) contra as
alterações feitas pelo governador Tarso Genro (PT) na forma de pagamento
das RPVs, o processo terá agora "procedimento abreviado a fim de que a
decisão seja tomada em caráter definitivo". "Com o passar do tempo, as
decisões judiciais comprovam o que alertamos quando da votação destas
medidas: além de injustas e sem capacidade de resolver o problema das
finanças, são flagrantemente ilegais", afirmou o líder da bancada do
PMDB, deputado Giovani Feltes.
Pepo Kerschner - MTB 6595
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PMDB
16:41
- 11/11/2011
Foto: Marcelo Bertani
Governo deixa passar prazos no processo contra mudanças nas RPVs que tramita no STF
O que mais chamou a atenção do deputado, porém, foi
o fato do governo perder o prazo para apresentar as informações
requeridas pelo STF no processo ajuizado pela OAB nacional no dia 17 de
outubro. "Ou demonstra um certo descaso ou repete a falta de argumentos
para defender algo duplamente injusto com as pessoas, muitas delas que
abriram mão de direitos que teriam a receber exatamente para se
enquadrar no limite (40 salários mínimos) e assim fugir da fila dos
Precatórios", comentou Feltes. A Assembleia Legislativa encaminhou os
documentos dentro dos prazos, no último dia 4 deste mês
Por esta razão, o ministro Dias Toffoli abriu nesta
sexta-feira prazo de cinco dias para AGU se manifestar. Depois disso, a
Procuradoria-Geral da República terá o mesmo tempo para se posicionar
na ADI, que deverá ser apreciada em breve pleno Plenário do Supremo.
Derrotas na Justiça
Para o líder do PMDB, é lamentável que os
principais temas do primeiro ano do atual governo estejam "sob
judicialização". Além da liminar da 11ª Vara da Fazenda Pública de Porto
Alegre, suspendendo nesta quinta-feira a cobrança de 14% para o IPE,
Feltes lembra da recente decisão do Órgão Pleno do Tribunal de Justiça
declarando extintos 155 de um total de mais de 500 CCs (cargos em
Comissão) criados pelo atual governo.
Os postos de indicação política tidos pelo TJ como
inconstitucionais foram recriados agora no final de outubro alguns deles
com salários inflados em táe 100%. "Por outro lado, o próprio governo
aciona a Justiça questionando os termos do Piso Nacional do Magistério.
Está na hora do governo sair dos tribunais e mostrar a que veio",
criticou Feltes.
PMDB alertou durante votação do Pacotarso
Com 30 votos da base governista contra 21 dos
partidos de oposição, o projeto que aumentou alíquotas da Previdência,
aplicando 14% para todos os servidores, foi aprovado em regime de
urgência na madrugada de 29 de junho, em meio aos alertas da oposição
sobre sua inconstitucionalidade por aplicar o mecanismo da
progressividade nos descontos. "Podia ter sido pior: Imaginem se a
Justiça derrubasse apenas o abono que disfarçava a progressividade e aí
ficaria valendo 14% de desconto para todo o funcionalismo”, observou o
deputado. Assim como no projeto que aumentou as alíquotas da
Previdência, Feltes votou contra também nas alterações dos prazos das
RPVs- os precatórios de pequeno valor.
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