Guilherme Mazui
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O chefe de Polícia, Ranolfo Vieira Júnior (ao microfone), participou de parte da assembleia, que reuniu o presidente da Asdep, Wilson Müller Rodrigues (de camisa amarela), e mais de 300 delegados
Foto: Daniela Aspis / Asdep / Divulgação
Pouco mais de um mês após o término da onda de queimas de pneus e ameaças de explosão de bombas deflagradas por policiais militares gaúchos, agora os ânimos se incendiaram no alto escalão da Polícia Civil.
No sábado, os delegados desencadearam um movimento que estão acostumados a sufocar: uma rebelião.
O clima de insatisfação com salários e condições de trabalho transbordou em assembleia da Associação dos Delegados de Polícia do Estado (Asdep). A proposta do governo de 10% de reajuste, a ser pago em duas parcelas (em janeiro e em abril), foi rechaçada.
Além disso, foi anunciada uma série de boicotes, que inclui a entrega de todos os cargos de chefia e a recusa de participar de grandes operações (leia quadro abaixo).
Mais de 300 delegados estiveram na assembleia, num universo de cerca de 500 que estão na ativa.
A categoria exige vencimentos equiparados aos dos procuradores do Estado, que, segundo a Asdep, têm salário inicial superior em mais de duas vezes ao dos delegados em começo de carreira (cerca de R$ 7 mil), uma discussão antiga.
Caso não sejam atendidos, os delegados ameaçam adotar medidas drásticas, como se recusar a participar dos mutirões de investigações de homicídios e de operações.
Fonte: Zero Hora
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