O governador Tarso Genro afirmou nesta quinta-feira (29), em entrevista ao Sul21, que as investigações
do setor de inteligência da Brigada Militar confirmaram que as falsas
ameaças de bomba registradas nas últimas semanas no Rio Grande do Sul
estão partindo de pessoas envolvidas com o crime organizado e com
corrupção policial. Na quarta-feira, Tarso recebeu um informe das
investigações preliminares feitas pela Brigada Militar.
Nas últimas semanas, durante as negociações
salariais entre governo estadual e servidores da Brigada Militar, foram
registrados protestos com queima de pneus nas estradas do interior.
Depois, começaram a surgir ameaças de bomba, todas falsas, em Porto
Alegre. De acordo com o governador, está confirmado que as “bombas
fajutas” são atos praticados por indivíduos criminosos, sem relação com
as reivindicações salariais dos servidores.
“É possível distinguir as coisas.
Uma coisa é a queima de pneus, de pessoas que apelaram para esse tipo
de delito para chamar a atenção, e vão responder. Outra coisa são as
chamadas bombas fajutas. Isso está sendo feito por um grupo de
marginais, de pessoas que, segundo essas investigações preliminares, têm
passagem pela polícia, e que estão ou fora da Brigada Militar há algum
tempo por razões de corrupção ou de cometimento de delitos, ou
eventualmente estão sendo sindicadas por ações de corrupção”, afirmou Tarso Genro.
O governador descartou qualquer
motivação política nas ameaças. “São indivíduos criminosos. Essa é a sua
motivação, não é outra. Não é a reivindicação e nem a relação
política”, reforçou, durante entrevista nesta quinta ao Sul21. A íntegra da entrevista será publicada na próxima segunda-feira.
Na entrevista, Tarso Genro destacou os
reajustes que vêm sendo concedidos aos servidores da Brigada Militar e
afirmou ser impossível, para o governo, atender ao pleito dos servidores
de postos superiores, que desejam o mesmo reajuste (23%) oferecido aos
cabos e soldados da Brigada Militar.
“Não quer dizer que não sejam pretensões
justas, mas são impossíveis de serem atendidas em conjunto com aqueles
servidores que têm a remuneração mais baixa do Estado”, disse o
governador.
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