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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Policiais federais vão ao Hemocentro

Categoria não aceitou proposta do governo federal e ameaça cruzar os braços por até 3 meses<br /><b>Crédito: </b> PEDRO REVILLION

Em greve há quase 30 dias, agentes optaram por fazer doações de sangue

Categoria não aceitou proposta do governo federal e ameaça cruzar os braços por até 3 meses
Crédito: PEDRO REVILLION
Em greve há quase um mês, os policiais federais no Estado fizeram ontem uma ação diferente das usadas para pressionar a União a promover melhorias para a classe. Eles se reuniram no Hemocentro, em Porto Alegre, para doar sangue. "Já que estamos parados, vamos fazer algo pela coletividade", destacou o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Rio Grande do Sul (Sinpef/RS), Ubiratan Sanderson.

A categoria decidiu, em assembleia, manter a mobilização por tempo indeterminado, até que o governo atenda as reivindicações. Os agentes, escrivães e papiloscopistas rejeitaram o índice proposto pelo Ministério do Planejamento de 15,8%, em três parcelas anuais de 5%. Para Sanderson, não há negociação. "O governo nos disse que é pegar ou largar, mas não nos ouviu. Isso é imposição", comentou. O dirigente ressaltou que, enquanto não houver diálogo, os policiais continuarão parados. "Podemos ficar três meses de braços cruzados, já que o nosso ponto foi cortado", afirmou. A última greve nacional da Polícia Federal ocorreu em 2004 e durou dois meses.

Segundo Sanderson, apesar de os vencimentos dos servidores estarem sem reajuste há seis anos, as reivindicações não são apenas salariais, mas de reestruturação de carreira e melhores condições de trabalho. A categoria também exige novas contratações por concurso. Durante a tarde, outro grupo de agentes fez doação de sangue no Hospital Mãe de Deus. Além disso, a classe está reunindo cestas básicas para doar a uma comunidade carente nos próximos dias. Um dos policiais que participou da ação solidária no Hemocentro, Edison Silva, se sentiu gratificado por poder ajudar. "É um gesto muito importante", destacou. Além dele, outros 12 colegas se disponibilizaram a doar. Eles fizeram o procedimento juntos, usando camisetas pretas da PF.

Seguem suspensos os serviços de atendimento ao público, oitivas, controle de empresas de vigilância, de bancos e de produtos químicos. Uma das atividades mais afetadas é a emissão de passaportes. Somente os documentos agendados estão sendo feitos. Os outros 300 que seriam confeccionados por dia tiveram produção suspensa. A categoria segue realizando plantões, flagrantes e custódia de presos.

Fonte: Correio do Povo 31ago2012

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