Inquérito apurou responsabilidade pela queima de pneus e ameaças com bombas no ano passado
Após quatro meses de investigações, a Corregedoria da Brigada Militar (BM) concluiu o inquérito sobre a ocorrência de protestos com queima de pneus e colocação de bombas em vários pontos do Estado. Os 21 policiais militares identificados foram acusados de transgressão disciplinar. Destes, 13 PMs foram indiciados também por infrações penais. Ao todo foram abertos 26 inquéritos e investigados 77 brigadianos.
De acordo com a corporação, inicialmente a justificativa dos suspeitos para os atos seria a questão salarial. Porém, também foram detectadas motivações políticas e até mesmo simples ações contra a instituição. Os PMs podem ser expulsos da corporação. O documento foi enviado ao Ministério Público Militar.
A onda de protestos começou no dia 4 de agosto do ano passado, quando a primeira queima de pneus ocorreu em uma estrada de Frederico Westphalen. O último ato foi registrado em setembro. Nas ocorrências também houve simulação de bombas. Em uma delas, explosivos foram deixados próximos ao posto do 9 BPM, na rua Fernando Machado.
Dos brigadianos citados, três estão há mais de cinco anos na corporação, e por isso têm estabilidade. Eles responderão, também, a um conselho disciplinar. O restante será citado em processo disciplinar, e 13 por crime militar. No grupo de suspeitos, existem dois que foram presos este mês sob acusação de pertencerem a uma espécie de esquadrão da morte, na cidade de Alvorada.
O grupo de 21 policiais militares é acusado de infrações como falso testemunho e alarme, crime de incêndio, dano ao patrimônio público, ameaça - neste caso, contra o governador Tarso Genro, e formação de quadrilha. Além disso, o inquérito cita crime ambiental, já que a queima de pneus emitiu muita fumaça.
Fonte: Correio do Povo 29mar2012
Fonte: Correio do Povo 29mar2012
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