Ministro diz que criação de fundo complementar vai ''estancar sangria''
O ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, afirmou ontem que a aprovação, no Senado, do projeto que cria o fundo de previdência complementar dos servidores públicos federais (Funpresp) vai "estancar uma sangria insuportável" para os cofres públicos. O projeto do Funpresp prevê a implantação de três fundos independentes de previdência complementar para os servidores federais do Executivo, do Legislativo e do Judiciário. A aprovação do projeto é vista pelo governo como fundamental para reduzir o déficit na Previdência.
Para Garibaldi, que acompanhou a votação no plenário do Senado, a criação do fundo resolve o déficit das aposentadorias e pensões a longo prazo. "Vai nos tornar distantes da situação que vive hoje o Velho Mundo, que é obrigado a cortar benefícios porque a Previdência não se tornou sustentável ao longo do tempo nem o Tesouro conseguiu mais cobrir seus déficits."
A proposta segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff. Segundo o ministro, o projeto é um passo decisivo para melhorar o sistema que, segundo ele, está "praticamente falido". Garibaldi classificou como "infundadas" as suspeitas de que possa ocorrer aparelhamento partidário na gestão dos fundos. Apesar disso, ele disse que os fundos serão fiscalizados pela Secretaria Nacional de Previdência Complementar e defendeu o fortalecimento da autarquia vinculada ao Ministério da Previdência.
A gestão do fundo será exercida por membros do Conselho Deliberativo, composto em número igual de servidores e representantes da União: seis membros indicados por Executivo, Legislativo e Judiciário para mandatos de quatro anos.
Fonte: Correio do Povo 29mar2012
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