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Carlos Pestana (D) anunciou a decisão ontem ao lado do comandante-geral da BM, Sérgio Roberto de Abreu
Crédito: BRUNO ALENCASTRO |
O governo do Estado condicionou as negociações salariais com a Brigada Militar à suspensão das manifestações que vêm ocorrendo no Estado, como as barricadas de pneus queimados. A decisão foi anunciada ontem pelo chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, após encontro com representantes da categoria. Além disso, durante o encontro, foi informado que a Brigada Militar, por meio do Comando-Geral, abriu investigações para identificar os responsáveis pelas ações criminosas e que já há suspeitos. Caso as manifestações terminem, uma nova rodada de negociações deverá acontecer no dia 9 de setembro.
Pestana ressaltou que o governo elaborou uma proposta alternativa porque entende que a situação salarial dos brigadianos é crítica. "Reconhecemos que os salários são baixos e queremos solucionar essa situação. Mas não vamos aceitar esse tipo de protesto", afirmou, referindo-se aos pneus queimados em cidades do Interior e na Capital. Para o chefe da Casa Civil, mesmo que a Associação Beneficente Antônio Mendes Filho, dos Servidores de Nível Médio da BM (Abamf-BM). garanta que não é responsável pelas últimas queimas, acabou incentivando a prática.
Após o encontro, o presidente da Abamf-BM, Leonel Lucas, pediu que os autores dos atos dos últimos dias suspendam as manifestações. "Estamos buscando elaborar com o governo um calendário de reajuste da categoria. Para viabilizar isso, apelamos pela interrupção das manifestações", afirmou ele, solicitando paciência à categoria. Lucas ressaltou ainda que a entidade não é responsável pelos atos. "No momento em que sentamos e conversamos com o governo, que pediu a suspensão das mobilizações, na semana passada, paramos. Da nossa parte, não houve continuidade", assegurou. Para Lucas, esses atos podem ter partido de pessoas interessadas em gerar instabilidade entre a BM e o governo. A Abamf-BM apresentou uma proposta que prevê a elevação do piso atual de R$ 1.170,00 para R$ 3.200,00, sendo 25% de reajuste agora e o restante no decorrer do governo. Ele recordou que o aumento concedido no início do ano era referente às negociações com a ex-governadora Yeda Crusius.
Sobre as investigações, o comandante-geral da BM, coronel Sérgio Roberto de Abreu, revelou que uma pessoa foi identificada e será ouvida nos próximos dias. "Temos material que dá sustentação à abertura de um Inquérito Policial Militar sobre o assunto."
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