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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Portaria tenta resgatar o policiamento a pé em todo o Estado

Medida gerou polêmica entre policiais de cidades como Montenegro


("Atualizada às 15h52min"); Noticia do Plantão ZH de 21/04/08

Cid Martins cid.martins@rdgaucha.com.br
Uma norma editada pelo comando-geral da Brigada Militar determinou a retirada de viaturas das ruas em todo o Estado. Em Montenegro, apenas uma unidade circula para atendimento de ocorrências. Isto porque a portaria número 330 estabelece que só seja empregada uma viatura nas ruas a cada dois PMs a pé durante o dia. A justificativa é fazer voltar o policiamento de quarteirão, intensificando os contatos comunitários, que era praticado nos tempos em que a BM tinha quase o dobro do efetivo proporcional. Como no município só havia efetivo para colocar duas viaturas nas ruas, uma teve de ser desativada. Insatisfeitos, os policiais reclamam da falta de critérios nas decisões do comando. — Do que adianta todo o esforço que fazemos em Montenegro, se o comando em Porto Alegre ignora totalmente as nossas ações e a nossa realidade? — desabafou um soldado. — Quem vai ser castigada será a comunidade — complementa um colega. Questionado sobre a situação, o comandante da 1ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM), capitão Oscar Bessi Filho, disse que está sendo elaborado um documento para tentar reverter a decisão, pelo menos em nível municipal, pois reconhece que a comunidade ficará bastante prejudicada. — Montenegro cresceu, está complexa, e já temos dificuldades em atender a demanda de ocorrências de hoje, quando precisaríamos mais recursos para pronta-resposta, e assim como foi determinado ficará ainda mais complicado. Ocorrências de vulto e eventos de grande porte vão exigir um heroísmo multiplicado de nossos PMs — sublinha o oficial. Ontem à tarde, a reportagem do Jornal Ibiá entrou em contato com a assessoria de comunicação da BM, em Porto Alegre. A informação é de que o comando regional deveria se manifestar primeiro sobre o assunto. O titular do CRPO Vale do Caí, tenente-coronel Edar Borges Machado, não foi localizado até o fechamento desta edição. Diversas tentativas foram feitas pelo telefone celular e no quartel. Brigada Militar estuda alternativas Uma das saídas, segundo o capitão Oscar Bessi Filho, pode ser a redução de 12 para seis horas na escala de serviço. — A Constituição manda que, para cada jornada de trabalho acima de oito horas, se faça uma hora de intervalo para refeições, o que implicaria na parada por duas horas (almoço e janta) da única viatura na cidade — observa. A situação das Patrulhas Rural e Escolar está indefinida. — Buscaremos meios de não parar com as ações e nos adequarmos à ordem do comando-geral — afirma.

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