O desembargador José Edivaldo Rotondano, do TJ-BA
(Tribunal de Justiça), determinou que o líder grevista Marco Prisco seja
reincorporado imediatamente aos quadros da Polícia Militar. A
Procuradoria-Geral do Estado deverá recorrer.
Líder da greve de policiais militares na Bahia é solto
PM grevista da BA que defendeu 'queimar viatura' é preso
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Prisco ganhou notoriedade em fevereiro deste ano, quando liderou a
greve da PM, que durou 12 dias e jogou o governador Jaques Wagner (PT)
na mais grave crise política de seus cinco anos de gestão.
No julgamento do mandado de segurança impetrado por Prisco, o
desembargador Rotondano determinou, no último dia 3, a volta dele à
corporação, baseado em uma decisão anterior do próprio tribunal que já o
beneficiava.
Prisco foi expulso da PM baiana em 2002 porque foi um dos líderes da greve de policiais ocorrida no ano anterior.
Em 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei
12.191, aprovada pelo Congresso, que concedeu anistia a policiais e
bombeiros militares punidos por participar de movimentos
reivindicatórios no Distrito Federal e em oito estados (entre eles a
Bahia).
Com base nessa lei, Prisco obteve duas decisões do TJ-BA em 2011 para
ser reincorporado, mas o Estado impetrou recursos para contestar a
volta do grevista à polícia. Os recursos foram rejeitados, mas a
reincorporação não ocorreu.
A nova greve comandada por Prisco este ano emparedou politicamente o
governador.
Presidente da Aspra (Associação de Soldados e Praças),
Prisco comandou a categoria durante a invasão da Assembleia Legislativa,
que durou 12 dias.
Pressionado politicamente por uma onda de mortes e violência que
assustou a população, Jaques Wagner cedeu aos policiais grevistas e
concedeu o pagamento de gratificações salariais que elevarão os
rendimentos dos PMs em 38% até 2014.
Vitorioso na greve, Prisco saiu da invasão da Assembleia Legislativa
direto para o presídio militar por suspeita de comandar atos de
vandalismo e danos ao patrimônio público, o que ele nega. Ele ficou
preso 43 dias.
fonte: Folha
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