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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Quadro Geral, o esquecido ALTERA O

Sérgio Arnoud

Governo entra, governo sai, mudam os governadores, os secretários e os gestores, e o Quadro Geral dos servidores estaduais segue esquecido.

Concebido, ainda na década de 50 do século passado, o Quadro Geral abrangia todos quantos prestavam serviços ao Estado, quer dizer, à população gaúcha. De lá para cá, diversos segmentos foram se desprendendo, formando quadros especiais, nas diversas áreas da administração pública.

Aos poucos, os servidores da Fazenda, da Saúde, do Planejamento, os de nível superior e os das autarquias, entre outros, foram formando quadros próprios de pessoal. Cada qual buscava se segmentar em busca da conquista de melhorias para seus integrantes, os quais sendo individualizados causariam menos impacto nas contas públicas.

As ambições desmedidas e particularizadas desprezaram o antigo ensinamento de Maquiavel que sublinha que é preferível dividir para governar. Sendo assim, enfraqueceu-se o todo em nome da busca desesperada de vantagens para uns poucos. O resultado é o que temos hoje. Tanto os servidores do Quadro Geral quanto os da Saúde, da Segurança, da Educação amargam enormes dificuldades, percebendo os piores salários do país. Especialmente o Quadro Geral, onde o piso, sobre o qual são calculadas as vantagens pessoais e temporais, é inferior ao salário mínimo nacional.

Fruto de muita luta, a Fessergs obteve a aprovação, este ano, de que ninguém ganharia menos que o piso regional de salários, ligeiramente superior ao salário mínimo nacional. Isso não era integralmente o que pleiteávamos, pois serve para acavalar vários padrões com a mesma remuneração. Mas foi o possível naquele momento.

Sempre que se fala em Quadro Geral, é importante que se diga que são esses servidores que anonimamente atendem a nossa população nas diversas repartições públicas, oferecendo o atendimento que necessitamos, mesmo ganhando salários insignificantes. De certa forma podemos dizer que, quando se exige melhoria nos serviços públicos, devemos estar apoiando a qualificação e o melhor tratamento para os servidores.

Como é que alguém, em sã consciência, pode pensar em bom serviço público se os servidores, os agentes do Estado, estão desmotivados, sem política de qualificação e sem qualquer perspectiva de valorização. É de se pensar que o desprezo dispensado pelos governantes aos seus servidores equivale àquilo que eles pensam da população que recebe esses serviços.

A Fessergs já manifestou essa preocupação ao governo do Estado e busca de todas as maneiras o agendamento de audiência para discutir a realidade salarial do Quadro Geral, seguramente o mais mal pago dentro da administração estadual. É visível o justificado descontentamento dos servidores e urgente a busca de entendimento para melhorar a remuneração dessa importante categoria profissional.

A Fessergs aguarda com ansiedade o início das negociações e confia na sensibilidade política do governador.

presidente da Fessergs

Fonte: Jornal Correio do Povo - 12/09/2011

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