Relatório da LO é sepultado
Passavam das 14h30 quando o deputado não reeleito Laerte Bessa (PSC-DF) entrou no plenário 11 das Comissões. Por mais de meia hora ele ficou sozinho na mesa diretora da Comissão Especial da Lei Orgânica esperando o quórum para abrir a sessão, mas nenhum deputado apareceu. Por volta das 15h30min, o presidente do colegiado Nelson Pelegrino (PT-BA) encerrou a sessão que nem chegou a começar coroando o trabalho obstinado dos policiais federais realizado ao longo dos últimos meses.
Ao encerrar a sessão sem convocar uma nova reunião para a semana que vem, Pelegrino sepultou um relatório que de maneira alguma atendia o interesse dos servidores da Polícia Federal e da sociedade. Como não há sessão da Comissão programada para a próxima semana, é impossível que o relatório Bessa seja lido e, com isso, a Comissão será extinguida sem ter votado o famigerado texto.
Na próxima legislatura o projeto reinicia sua tramitação com uma nova Comissão Especial formada pelos deputados ou ainda passando de Comissão em Comissão.
“Temos que comemorar esta vitória dos policiais federais, mas já pensando em 2011 e nas estratégias que teremos diante de um novo Congresso Nacional e do desafio de fazer uma Lei Orgânica plural e democrática”, diz o presidente da Fenapef, Marcos Wink.
HISTÓRICO - Os últimos meses foram de muitas atividades para as lideranças sindicais da Polícia Federal. Com a chegada da Lei Orgânica da PF na Câmara, policiais iniciaram o trabalho na Comissão Especial visando contribuir para o aperfeiçoamento do texto. No entendimento dos policiais, o projeto produzido pelo DPF privilegiava somente delegados de Polícia Federal deixando os demais servidores de lado.
No início do processo legislativo, Laerte Bessa até fez pose de democrata dizendo que iria construir um relatório de consenso e em parceria com as entidades. Mas não era verdade. O parlamentar, que é delegado da Polícia Civil do DF, piorou o texto do DPF.
Diante da intransigência do deputado e do trabalho do DPF que queria ver aprovado o projeto de qualquer maneira, a Fenapef foi a campo. O trabalho realizado com planejamento e organização conseguiu convencer deputados de que era preciso rediscutir o projeto para que a Polícia Federal tivesse uma Lei Orgânica que alterasse a sua estrutura.
E na tarde desta quarta-feira, 15 de dezembro, os policiais atingiram seu objetivo saudado com um salva de palmas no interior do plenário.
Para o diretor de Estratégia Sindical Paulo Paes o ano de 2011 representará a retomada das discussões e a possibilidade de construção de uma proposta em favor de uma Polícia Federal mais moderna e que valorize seus servidores. “Mas para isso teremos que estar ainda mais organizados e participativos e esse trabalho começa agora”.
O diretor Parlamentar Marcelo Teixeira lembrou, ao final da sessão, o trabalho realizado pelos sindicatos. "De norte a sul do Brasil os colegas se reuniram com lideranças da Câmara e membros da Comissão num esforço que redundou na vitória de hoje.
Fonte:Agência Fenapef Nacional
Parabéns aos colegas da Polícia Federal, que lutam por uma carreira única e, conseguiram com muito esforço e determinação que o texto de do deputado Laerte Bessa não fosse votado.
Laerte Bessa, que é delegado de polícia civil do DF, traiu os policiais federais apresentando um texto que piorava a Lei Orgânica da Polícia Federal, bem diferente do que foi discutido com a categoria. O que esperar de um texto feito por um 'delegado de polícia'.
Laerte Bessa, que é delegado de polícia civil do DF, traiu os policiais federais apresentando um texto que piorava a Lei Orgânica da Polícia Federal, bem diferente do que foi discutido com a categoria. O que esperar de um texto feito por um 'delegado de polícia'.
Tânia Alencar!!!
Comentário do Blog: Exemplo claro de que muito trabalho e união de sindicatos ou associações de classe realmente fazem a diferença. Tomemos por exemplo o fato aqui exposto e deixando as desavenças de lado façamos uma união de todas as associações da classe brigadiana e vamos à luta em 2011 para conseguir um salário digno e melhores condições de trabalho e de vida para o nosso servidor do nível médio. Quiçá consigamos o tão famoso subsídio que os oficiais de nivel superior estão postulando só para eles (normal, nosso efetivo é maior e eles só buscam a unificação para nos usarem como massa de manobra e após conseguirem o seu intento nos abandonam à nossa própria sorte), e assim "rachando" a categoria ao meio.
Dagoberto Valteman-2º Sgt RR BM
Jornalista-Registro MTE 15265
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