No
início da tarde de segunda-feira, o governo deverá receber a informação
oficial de que os servidores de nível médio da Brigada Militar aceitam a
proposta de reajuste salarial oferecida. O fim de semana será marcado
por assembleias regionais, mas a Associação Beneficente Antonio Mendes
Filho (Abamf) já comunicou ao chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, e ao
comandante da Brigada Militar, coronel Sérgio Abreu, que a proposta foi
bem recebida. Nem poderia ser diferente: o governo, depois de oferecer o
abono de R$ 300, concordou em dar reajuste de 23,5% para os soldados.
Os demais servidores de nível médio terão aumento de 10,5% a 18,15%.
Vencida essa etapa, o governo terá de dar uma resposta à sociedade, caso continuem os protestos violentos, com queima de pneus e interrupções de ruas e estradas. A demora em identificar a autoria faz crescer no cidadão comum a sensação de que a Brigada e a Polícia Civil são incapazes de identificar os autores das ações ou estão protegendo a identidade dos responsáveis. Sendo a Brigada uma instituição militar, os protestos que ocorrem durante a madrugada deveriam ser tratados como motins.
O fato de os tumultos terem continuado mesmo depois da apresentação da proposta que agradou aos dirigentes regionais da Abamf sugere que não são os soldados os responsáveis pela queima de pneus. O governo está, de certa forma, de mãos amarradas: se quem está à frente dos protestos são brigadianos aposentados, não há como puni-los. Se os protestos continuarem mesmo depois de fechado o acordo com soldados, sargentos e tenentes, ficará a dúvida se os atos são provocados por militares de patentes mais altas – provavelmente inativos – ou por adversários políticos do governo, interessados em promover a desestabilização.
Na próxima etapa, o governo terá de administrar a pressão de dois grupos poderosos que atuam na área da segurança: os oficiais da Brigada Militar e os delegados de polícia. O Piratini já avisou que não tem como equiparar os salários dos delegados aos dos procuradores do Estado porque isso significaria dobrar o valor dos pagamentos.
!
Uma das reclamações mais frequentes entre os brigadianos é de que o PT, quando estava na oposição, defendia a emenda constitucional que cria o piso nacional para os PMs, em valor igual ao do Distrito Federal, e agora, no governo, mudou o discurso.
ALIÁS
A oposição dos governadores da maioria dos Estados impedirá que o Congresso aprove a emenda que daria aos policiais militares um piso justo, mas incompatível com a realidade das finanças.
Vencida essa etapa, o governo terá de dar uma resposta à sociedade, caso continuem os protestos violentos, com queima de pneus e interrupções de ruas e estradas. A demora em identificar a autoria faz crescer no cidadão comum a sensação de que a Brigada e a Polícia Civil são incapazes de identificar os autores das ações ou estão protegendo a identidade dos responsáveis. Sendo a Brigada uma instituição militar, os protestos que ocorrem durante a madrugada deveriam ser tratados como motins.
O fato de os tumultos terem continuado mesmo depois da apresentação da proposta que agradou aos dirigentes regionais da Abamf sugere que não são os soldados os responsáveis pela queima de pneus. O governo está, de certa forma, de mãos amarradas: se quem está à frente dos protestos são brigadianos aposentados, não há como puni-los. Se os protestos continuarem mesmo depois de fechado o acordo com soldados, sargentos e tenentes, ficará a dúvida se os atos são provocados por militares de patentes mais altas – provavelmente inativos – ou por adversários políticos do governo, interessados em promover a desestabilização.
Na próxima etapa, o governo terá de administrar a pressão de dois grupos poderosos que atuam na área da segurança: os oficiais da Brigada Militar e os delegados de polícia. O Piratini já avisou que não tem como equiparar os salários dos delegados aos dos procuradores do Estado porque isso significaria dobrar o valor dos pagamentos.
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Uma das reclamações mais frequentes entre os brigadianos é de que o PT, quando estava na oposição, defendia a emenda constitucional que cria o piso nacional para os PMs, em valor igual ao do Distrito Federal, e agora, no governo, mudou o discurso.
ALIÁS
A oposição dos governadores da maioria dos Estados impedirá que o Congresso aprove a emenda que daria aos policiais militares um piso justo, mas incompatível com a realidade das finanças.
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