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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Após protestos, governo pode adiar votação do projeto de reajuste

Segundo líder da bancada governista, equipe técnica auxiliará discussões na Assembleia

Depois da mobilização de categorias do funcionalismo público, professores e servidores da Brigada Militar, o governo do Estado admite que a votação do pacote que prevê reajuste salarial do funcionalismo público pode ser adiada. Integrantes do Executivo admitem que o projeto que altera a contribuição previdenciária dos servidores da Brigada Militar (BM) não pode ser aprovado da forma como está já que mais de 1,6 mil policiais de classes intermediárias terão redução salarial, o que acarretaria uma série de ações judiciais. O líder do governo na Assembelia, deputado Pedro Westphalen, não descarta que as votações previstas para a primeira quinzena de dezembro fiquem para o ano que vem: — O governo colocou à disposição de todas as bancadas do Parlamento uma equipe técnica para explicar os projetos nos seus detalhes e também para escutar das bancadas as reivindicações e sugestões. O Parlamento é a Casa onde estes projetos são aperfeiçoados. As categorias se mobilizaram, de maneira justa, reivindicando melhorias, cada um na sua instância. Não se consegue beneficiar a todos, mas o governo não tem o interesse de impor nada que seja prejudicial a nenhuma categoria. A urgência seria para poder entrar no ano que vem já em ação. Mas se as categorias entenderem não ser bom, não há porquê se fazer algo que não seja bom.
A repercurssão negativa do Plano de Valorização do Serviço Público está sendo maior do que o Palácio Piratini previa. Apenas os oficiais da Brigada Militar que receberão um aumento de 19% estão satisfeitos, apesar de serem contrários à elevação da contribuição previdenciária, que passará de 7,2% para 11% para todos os PMs. As demais categorias manifestaram contrariedade e exigem a retirada ao aletração das propostas. Na Assembleia Legislativa, entre os deputados e as bancadas, existe quase um consenso de que não há clima para aprovação das matérias da forma como estão apresentadas. O deputado do PTB, Cassiá Carpes, considera que o governo errou ao enviar o pacote sem discutí-lo com mais profundidade com os servidores públicos:
— Primeiro errou na falta de diálogo. Começou soltar para a sociedade que ia ter um aumento, que ia melhorar todas as categorias. Deu uma impressão, em primeira instância, de que ia resolver todos os problemas. Aí nós fomos ver dentro dos projetos que não era bem assim. Ou seja, iludiu primeiro. Soldados, sargentos, sub-tenentes e tenentes decretaram assembleia permanente ontem e podem paralisar as atividades se o governo não recuar. O CPERS/Sindicato e o Sintergs, que reúne os técnicos científicos, estão em estado de greve, também pela contrariedade ao pacote.RÁDIO GAÚCHA
Plantao Zero Hora do dia 25nov09.
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