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Comunidade dos Policiais e Bombeiros do Brasil

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Ex-comandante da BM desaprova ligação de Mendes a indiciado

Nilson Bueno afirmou classificou atitude como "conspiração e quebra de hierarquia contra superior"
Conspiração e quebra de hierarquia contra superior. Foi assim que o ex-comandante-geral da Brigada Militar, coronel Nilson Bueno, definiu ontem a conduta do coronel Paulo Roberto Mendes, gravado pela Polícia Federal (PF) ao pedir interferência para chegar ao comando da corporação.
À época dos telefonemas interceptados pela PF, em abril, Mendes era o segundo homem na hierarquia da BM, comandada por Bueno.
— É um fato muito grave. É um ato contra um superior, que veio a público.
Não deixa de ser conspiração, um ato do subcomandante para me derrubar — afirmou Bueno na tarde de ontem, depois de se reunir com seu advogado para estudar medida judicial contra o seu sucessor no comando.
O ex-comandante da Brigada iria ainda ontem à PF para solicitar os documentos oficiais que revelam a relação entre Mendes e Francisco Fraga, o Chico Fraga, um dos indiciados pela fraude milionária do Detran.
Foi a Fraga que Mendes pediu ajuda para ser nomeado comandante, situação que se concretizou em junho.
Bueno foi afastado do comando por decisão da Justiça, depois de ser denunciado pelo Ministério Público por supostas irregularidades envolvendo o uso de diárias, no final de maio.
Só que os contatos de Mendes com Fraga para tratar de sua ascensão são de meados de abril — portanto, antes de Bueno ser denunciado pelo MP.
— Eu estou surpreso. A BM está surpresa com essa atitude.
E pelo fato de ele usar uma pessoa que estava sendo investigada — comentou Bueno.
Diferentemente do entendimento de Bueno, que avalia que Mendes cometeu crime contra superior, a Corregedoria da BM não entendeu haver motivo para apurar a conduta de Mendes.
O tenente-coronel João Gilberto Fritz, subcorregedor da BM e que está respondendo pelo órgão, disse ontem que, a partir do que viu no noticiário, não há nada que motive abertura de expediente.
Extraído do Plantão ZH de 12/12/08 às 03h31min

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