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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fazenda aponta déficit de R$ 150 milhões no Rio Grande do Sul

Patricia Knebel
Foto: MARCELO G. RIBEIRO



Secretário diz que irá buscar recursos federais, além de ampliar arrecadação em R$ 400 milhõesAo contrário dos dados apresentados na prestação de contas do governo de Yeda Crusius, no final de dezembro, o novo secretário da Fazenda, Odir Tonollier, demonstrou nesta quinta-feira preocupação com a situação das finanças públicas gaúchas. Ao invés de superávit, ele afirmou que 2010 encerrou-se com um déficit de R$ 150 milhões. Além disso, a nova gestão teria mais R$ 1 bilhão de contas a pagar, como obras e convênios feitos com municípios.

"Esse é o quadro que encontramos", afirmou, procurando não polemizar sobre os anúncios positivos feitos pela gestão anterior. Tonollier disse ainda que o Caixa Único está negativo em R$ 4,6 bilhões. Segundo o secretário, o saldo de R$ 3,6 bilhões anunciado por Yeda em dezembro são depósitos judiciais, que o Estado pode acessar em caso de necessidade, mas para isso deve pagar juros. "O Estado enfrenta uma crise estrutural. A determinação do governador Tarso Genro a todos secretários é a de buscarmos as fontes possíveis para compensarmos as dificuldades", disse.

Este ano deverá ser de oscilações, com meses apresentando superávit e outros déficit, projetou o secretário. Janeiro e fevereiro, por exemplo, ainda devem refletir positivamente o movimento de final de ano. Mas março já deve fechar negativo em R$ 170 milhões. A meta é trabalhar com algumas medidas para equilibrar esses indicadores. Caso nada seja feito, 2011 terminará com déficit de R$ 550 milhões. "Não vamos falar em arrocho salarial ou em parar os investimentos, mas teremos que buscar alternativas", alertou Tonollier.

Entre as medidas a serem tomadas está a de buscar recursos federais, através da apresentação de projetos em áreas como Educação, Saúde e Segurança Pública. Segundo o secretário, não se trata de receber investimentos em função de afinidade política e, sim, de saber aproveitar os recursos disponíveis, como já fazem outros estados. Outro grande esforço que será feito será no sentido de aumentar a arrecadação. A perspectiva é chegar a um incremento de R$ 400 milhões em 2011 com a intensificação da fiscalização e do próprio desenvolvimento econômico esperado para o País.

Apesar das dificuldades, o secretário da Fazenda garantiu que não existe possibilidade de atrasos na folha de pagamento, mesmo nos meses mais complicados. Por outro lado, relatou que o governo não pode pensar no momento em aumentar o quadro de funcionários da administração nem em reajustes salariais, com exceção daqueles que já estavam previstos.

Fonte: Jornal do Comércio   Link:  http://jcrs.uol.com.br/site/noticia.php?codn=52022&fonte=news

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