Plebiscito causa polêmica em quartéis da corporação
Guilherme Gomes guilherme.gomes@rdgaucha.com.br
As discussões sobre os reajustes dos servidores da Brigada Militar deixam o clima tenso nos quartéis do Estado. E um novo capítulo desta disputa começou hoje com a realização de uma consulta a todos os PMs do Rio Grande do Sul.
Os policiais de nível médio acusam os oficiais de pressionarem para que todos respondam a pesquisa elaborada pelo comando-geral, que busca saber qual a posição de cada um sobre as propostas do governo.
Os brigadianos de folga e até mesmo os que estão de férias, mas permaneceram nas cidades onde estão lotados, foram chamados para se posicionar sobre o assunto.
O soldado de Uruguaiana, José Clemente, afirma que os colegas do Interior estão com medo de se manifestar contra a posição do comando, já que as respostas só serão válidas se o PM se identificar.
— As unidades da Brigada em todo o Estado estão recebendo a mensagem dia e-mail para que se faça uma pesquisa, mas não é pesquisa. É uma imposição de coleta de assinaturas para que digamos que estamos de acordo com o reajuste. Nenhum de nós quer assinar o documento, mas a maneira como ele está sendo colocado e como os comandos se dirigem é ameaçadora. Estamos sofrendo uma tortura psicológica por parte do comando — reclama.
A Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar está no Ministério Público Militar para entrar com representação contra o comandante-geral, coronel João Carlos Trindade, que cobra um posicionamento dos policiais. A reportagem não foi atendida pelo coronel. O comandante da Região Sul, coronel Francisco Valle, nega que os policias estejam sendo coagidos, mas ressalta que omissões não serão aceita.
— Nós estamos informando aos comandantes que divulguem nas unidades para que o pessoal da ativa ou da reserva venha, leia a mensagem e se manifeste a favor ou contra. Não há coação, pelo contrário. A ordem do comandante é democrática, só não queremos omissão — defende.
A consulta foi elaborada porque o comando não considerou representativa a assembleia geral das associações que se manifestaram contra as propostas do Executivo. Os resultados das pesquisas serão enviados pelos comandantes do Interior no final da tarde.
O governo oferece um reajuste de 9% para soldados e elevação da matriz salarial. Em contrapartida, eleva para 11% a contribuição previdenciária dos PMs. Os soldados reclamam que estão sendo pressionados pois o aumento oferecido para os oficiais é de quase 20%. O impasse continua e sem perspectiva de solução para esta semana.
RÁDIO GAÚCHA
Plantao ZH de 03fev2010
Guilherme Gomes guilherme.gomes@rdgaucha.com.br
As discussões sobre os reajustes dos servidores da Brigada Militar deixam o clima tenso nos quartéis do Estado. E um novo capítulo desta disputa começou hoje com a realização de uma consulta a todos os PMs do Rio Grande do Sul.
Os policiais de nível médio acusam os oficiais de pressionarem para que todos respondam a pesquisa elaborada pelo comando-geral, que busca saber qual a posição de cada um sobre as propostas do governo.
Os brigadianos de folga e até mesmo os que estão de férias, mas permaneceram nas cidades onde estão lotados, foram chamados para se posicionar sobre o assunto.
O soldado de Uruguaiana, José Clemente, afirma que os colegas do Interior estão com medo de se manifestar contra a posição do comando, já que as respostas só serão válidas se o PM se identificar.
— As unidades da Brigada em todo o Estado estão recebendo a mensagem dia e-mail para que se faça uma pesquisa, mas não é pesquisa. É uma imposição de coleta de assinaturas para que digamos que estamos de acordo com o reajuste. Nenhum de nós quer assinar o documento, mas a maneira como ele está sendo colocado e como os comandos se dirigem é ameaçadora. Estamos sofrendo uma tortura psicológica por parte do comando — reclama.
A Associação dos Cabos e Soldados da Brigada Militar está no Ministério Público Militar para entrar com representação contra o comandante-geral, coronel João Carlos Trindade, que cobra um posicionamento dos policiais. A reportagem não foi atendida pelo coronel. O comandante da Região Sul, coronel Francisco Valle, nega que os policias estejam sendo coagidos, mas ressalta que omissões não serão aceita.
— Nós estamos informando aos comandantes que divulguem nas unidades para que o pessoal da ativa ou da reserva venha, leia a mensagem e se manifeste a favor ou contra. Não há coação, pelo contrário. A ordem do comandante é democrática, só não queremos omissão — defende.
A consulta foi elaborada porque o comando não considerou representativa a assembleia geral das associações que se manifestaram contra as propostas do Executivo. Os resultados das pesquisas serão enviados pelos comandantes do Interior no final da tarde.
O governo oferece um reajuste de 9% para soldados e elevação da matriz salarial. Em contrapartida, eleva para 11% a contribuição previdenciária dos PMs. Os soldados reclamam que estão sendo pressionados pois o aumento oferecido para os oficiais é de quase 20%. O impasse continua e sem perspectiva de solução para esta semana.
RÁDIO GAÚCHA
Plantao ZH de 03fev2010
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