humberto.trezzi@zerohora.com.br
Agiu rápido o comandante da BM, João Carlos Trindade, ao substituir o seu sub, Lauro Binsfeld.São flagrantes as falhas operacionais na ação dos policiais militares que realizaram a desocupação da Fazenda Southall, em São Gabriel. E Binsfeld é quem comandava pessoalmente a operação, o que significa que a responsabilidade é dele. Binsfeld foi avisado por repórteres da morte do sem-terra Elton Brum, embora estivesse a poucos metros do local do tiro. Reagiu com surpresa. Num primeiro instante, outros PMs informaram que o militante do MST teria sofrido um mal súbito, algo como um infarto. A informação foi logo desmentida por médicos do hospital de São Gabriel. Era um tiro, a materialização do pesadelo que sempre assombrou a BM: a de que os sem-terra ganhasem um mártir por força de ação de policiais.O curioso, nisso tudo, é que a BM tinha ordens para usar munição não-letal contra os sem-terra. Leia-se, balas de borracha e granadas de gás ou que fazem barulho. Quem permitiu que soldados usassem chumbo nas espingardas? Que usaram, isso já foi admitido pela BM, embora o coronel Trindade diga, cauteloso, que é preciso aguardar o resultado dos exames. O que o comando da BM ainda não esclareceu é como esse chumbo mortífero foi parar nas armas e quem deu o disparo fatal.O coronel Binsfeld, que comandou a operação, tem velhas contas a acertar com o MST. Quando comandava tropas na fronteira, foi ferido com um golpe de foice por uma invasora ligada ao movimento. Binsfeld reconhece que a munição letal não deveria ser usada, mas não soube e ainda não sabe explicar como seus comandados estavam armados para matar. Ontem ZH tentou por 11 vezes obter dele essa informação, sem sucesso. Pela falha de comunicação com suas tropas e pelo natural desgaste que o episódio gerou no governo, foi afastado.
Agiu rápido o comandante da BM, João Carlos Trindade, ao substituir o seu sub, Lauro Binsfeld.São flagrantes as falhas operacionais na ação dos policiais militares que realizaram a desocupação da Fazenda Southall, em São Gabriel. E Binsfeld é quem comandava pessoalmente a operação, o que significa que a responsabilidade é dele. Binsfeld foi avisado por repórteres da morte do sem-terra Elton Brum, embora estivesse a poucos metros do local do tiro. Reagiu com surpresa. Num primeiro instante, outros PMs informaram que o militante do MST teria sofrido um mal súbito, algo como um infarto. A informação foi logo desmentida por médicos do hospital de São Gabriel. Era um tiro, a materialização do pesadelo que sempre assombrou a BM: a de que os sem-terra ganhasem um mártir por força de ação de policiais.O curioso, nisso tudo, é que a BM tinha ordens para usar munição não-letal contra os sem-terra. Leia-se, balas de borracha e granadas de gás ou que fazem barulho. Quem permitiu que soldados usassem chumbo nas espingardas? Que usaram, isso já foi admitido pela BM, embora o coronel Trindade diga, cauteloso, que é preciso aguardar o resultado dos exames. O que o comando da BM ainda não esclareceu é como esse chumbo mortífero foi parar nas armas e quem deu o disparo fatal.O coronel Binsfeld, que comandou a operação, tem velhas contas a acertar com o MST. Quando comandava tropas na fronteira, foi ferido com um golpe de foice por uma invasora ligada ao movimento. Binsfeld reconhece que a munição letal não deveria ser usada, mas não soube e ainda não sabe explicar como seus comandados estavam armados para matar. Ontem ZH tentou por 11 vezes obter dele essa informação, sem sucesso. Pela falha de comunicação com suas tropas e pelo natural desgaste que o episódio gerou no governo, foi afastado.
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Morre um ativista do MST, é mártir. Morre um bandido, asaltante, assassino frio, é mártir.
ResponderExcluirMorre um brigadiano degolado pelo MST ou em confronto com marginais é o que? Eu respondo: è um esquecido (e seus familiares também).
E tem mais, os assassinos de Valdeci ainda não foram encontrados;
O Policial Militar que teve a infelicidade de matar um sem terra será encontrado com a maior facilidade, execrado perante a opinião pública, certamente sofrerá uma punição e se comprovada a sua culpa podendo até perder a função.